Como prometido na semana passada, voltamos a ter um cozinheiro motociclista, depois de Chakall. Claro que faz todo o sentido chamar-lhe chef, mas ele gosta mesmo é que o considerem como cozinheiro, apesar de ter vários restaurantes, programas de televisão ou livros publicados… adora a simplicidade, as coisas boas da vida, como um bom vinho, a companhia dos amigos, da família, andar de moto, cozinhar e comer, com destaque para entranhas de animais, cabeças de peixe e outras coisas que, muitos de nós, fogem só de imaginar.
Ljubomir Stanisic nasceu em Sarajevo (capital da Bósnia-Herzegovina), ainda no tempo da Jugoslávia, a tal que o Marechal Tito, pela força das armas, conseguiu unir e afastar-se progressivamente da União Soviética, mas que depois acabou por se desmoronar, após uma guerra fratricida, no meio da qual se viu envolvido.
Veio ao mundo no dia 8 de junho de 1978, tem agora a bonita idade 46 anos, conheceu os horrores da guerra, tendo sido “menino soldado”, mas acabou por viver, pelo menos a maior parte do tempo, em Portugal desde 1997, sendo hoje certamente o jugoslavo mais português que existe.
A sua ligação à cozinha é verdadeiramente umbilical e, sobretudo pela culinária e forma de ser e estar, acaba por conhecer o nosso país, as nossas tradições, costumes e gastronomia tão bem ou melhor que a maioria dos portugueses! De tal forma que, na atualidade, acaba por ser um verdadeiro embaixador de Portugal, dentro e fora de portas e conhecido de todos nós, sobretudo pelos seus programas televisivos.
Expansivo, explosivo e sem filtros, ao que consta é também um coração mole, mas quem o viu em programas de TV como a primeira edição do Masterchef Portugal, em 2011, na RTP, é capaz de ter ficado com uma opinião diferente.
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