2. COMECEI A JORNADA EM MONSARAZ
De Monsaraz se sabe que é terra muito antiga, povoada desde a pré-história. A sua localização privilegiada, no topo de uma colina com vista desafogada para o Guadiana e a fronteira com Espanha, fez dela um alvo cobiçado pelos muitos povos que por aqui passaram.
Os Mouros, que lhe chamavam Saris ou Sarish, perderam-na em 1167 para o célebre Geraldo Geraldes, O Sem Pavor, conquistador de Évora, mas voltaram a recuperá-la. Para definitivamente a perderem para Portugal em 1232, para o exército de D. Sancho II.
Se o actual castelo foi construído no tempo de El-Rei D. Dinis já as muralhas que a rodeiam foram erguidas durante as Guerras da Restauração (Séc. XVII).
A cerca muralhada de Monsaraz tem quatro grandes portas por onde se entra na vila.
A principal, a Porta da Vila, está protegida por dois torreões semicilíndricos e tem, a encimar o seu arco gótico, uma lápide consagrada à Imaculada Conceição em 1646, por El-Rei D. João IV.
A Porta d’Évora, no lado norte da muralha e também de arco gótico, protege-se por um cubelo (torreão de planta circular). As restantes, d’Alcoba e do Buraco, são portas de arco pleno.