Séria aspirante
A Yamaha voltou a utilizar o sufixo ‘Max’ para apelidar um produto destinado a triunfar no mercado. A nova NMax é uma scooter ligeira, essencialmente urbana, e dotada da última tecnologia, pelo que oferece baixos consumos, polivalência e estilo desportivo a um preço ajustado.
POR El MORGAN • Fotos Yamaha
Na verdade, a NMax pode mesmo vir a ser a nova rainha da cidade. Esteticamente é bem inspirada na gama de scooters desportivas da marca, com uma secção frontal que segue as linhas da ‘saga’ Max, embora com dimensões gerais menores. Mede menos de dois metros (1.955 mm), o assento encontra-se a 765 mm do solo e pesa apenas 127 kg, números que dão confiança aos mais novatos. Porém, graças à magia do desenho, é suficientemente espaçosa mesmo para condutores de elevada estatura, e acolhe com conforto dois ocupantes a bordo.
Tem muitos e bons detalhes para tornar a vida a bordo agradável, assim como outros para aumentar a segurança. A instrumentação é totalmente digital com ecrã LCD, com informação completa e bem legível, e no espaço sob o assento é possível colocar um capacete integral. Possui um porta-luvas amplo e fundo, pelo que é possível guardar uma garrafa de água por exemplo. Em termos de elementos de segurança, as luzes são LED, tanto no farol como no farolim traseiro, o canhão de ignição fica protegido, possui descanso central muito fácil de colocar e rodas de 13 polegadas, sendo a única da sua categoria com travões de disco nos dois eixos (de 230 mm de diâmetro) e sistema ABS de série.
A ciclística é formada por um quadro bastante rígido que é ao mesmo tempo ligeiro em termos de peso, construído em tubos de aço entrelaçados, sendo a forquilha convencional, com 100 de curso, enquanto que atrás possui dois amortecedores hidráulicos com 90 mm de curso.
Por Lisboa
A verdade é que os senhores da Yamaha estão muito seguros do seu novo produto, e por altura da apresentação internacional do modelo haviam elegido a cidade de Lisboa para o dar a conhecer à imprensa internacional. Isto porque a capital portuguesa é conhecida pelas suas sete colinas, mas infelizmente também possui muitas estradas de empedrado e consequentemente muitas lombas e buracos (para não dizer crateras); e foi um tipo de percurso variado por Lisboa e arredores que usámos também aos comandos da NMax neste nosso contacto.
Percorremos as ruas mais estreitas, o trânsito mais compacto, mas também as avenidas mais largas e algumas vias rápidas, e em qualquer dos ambientes mais exigentes a NMax mostrou boas qualidades, a começar pelo motor que foi muito bem conseguido, suave e de tato bem agradável, pois a resposta ao acelerador é sempre pronta, possui energia para responder em todos os regimes e os arranques dos semáforos são também imediatos, sem que seja necessário elevar muito a rotação para um arranque veloz. O quadro mostra-se rígido e os travões são bons – com a vantagem que é ter discos nos dois eixos e ABS – não mostrando qualquer tendência para ficarem esponjosos, enquanto que as suspensões privilegiam o comportamento, sendo durinhas, mas nunca esgotando em mau piso. Ao ser leve e possuindo jantes de 13’’, move-se com grande agilidade e obedece (quase) com o pensamento, tendo dado muita confiança nos variados tipos de piso lisboeta, até porque os pneus são também de qualidade.
Um produto que, mesmo apresentando um baixo preço de venda, mostra bastante qualidade e muito cuidado na construção e acabamentos, pelo que tem tudo para agradar nas deslocações diárias, especialmente no trânsito citadino.