Regresso ao futuro
Nos anos ’50 a Peugeot comercializou as suas primeiras scooters, as S55 e S57, dois modelos de dois lugares com motor de 125 cc. Seis décadas depois, a marca do leão resgata o espírito estético e combina-o com a última tecnologia para dar luz à nova Django.
POR José A. García • Fotos Peugeot
Apesar de tudo, as coisas não mudaram assim tanto. A nova Django continua a usar um motor de 125 cc, oferece espaço para dois ocupantes (dependendo do modelo), e combina o carácter prático com um bom nível de equipamento e uma estética ‘chique’. A Django não inventa nada de novo mas também não o pretende. O seu valor verdadeiro acrescentado reside na personalização, pelo que oferece a possibilidade de qualquer um adquirir uma scooter única ao variar as cores, elementos de série ou acrescentando acessórios.
Para isso, a Peugeot tem duas vias: o cliente poderá partir de quatro opções pré-definidas (Heritage, Sport, Evasion e Allure), que colocam a Django em registos de estilo e equipamento radicalmente diferentes, e a partir daí basta escolher o motor (em Portugal estará disponível apenas na motorização de 125 cc), a cor da carroçaria e os elementos opcionais. A segunda via consiste num configurador digital denominado Django ID, quer permite ao utilizador criar, a partir do seu computador, uma scooter muito mais pessoal e adaptada ao seu gosto, com um preço que irá depender das opções escolhidas mas que será sempre superior ao dos modelos pré-definidos.
O propulsor de 125 cc de origem Sym , de carburação e refrigeração por ar, é o mesmo usado em outros modelos da marca como é o caso da CityStar, e o consumo anunciado é de 2,9 lts/ 100km, o que permitirá fazer 300 km’s por cerca de 12 euros.
na cidade.
No nosso teste dinâmico pudemos comprovar que a Django é bastante ágil, graças ao seu assento baixo, solo plano e rodas de 12 polegadas. Além disso, oferece uma capacidade razoável de carga no espaço sob o assento (onde se pode guardar um capacete aberto e mais qualquer coisa), no porta-luvas do avental dianteiro (com chave e tomada de corrente) e através de um gancho para sacos. Embora esteticamente não haja duas iguais, a diferença mais notória entre as várias versões acaba por ser pela presença ou ausência do sistema de travagem combinada SBC, sendo a Heritage a única que não o tem integrado, e que, mediante o acionamento da manete esquerda, atua sobre ambas as rodas.
Este é um modelo repleto de detalhes, tais como os poisa-pés retráteis para o passageiro, óticas LED e uma completa instrumentação através de uma esfera analógica e painel LCD retro-iluminado que oferece muita informação.
Esta é então uma scooter bastante peculiar e que, mesmo não indo ao encontro do topo das prestações ou da dinâmica, consegue juntar todas as qualidades dos veículos desde género ao mesmo tempo que oferece uma estética muito cuidada e tipo de personalização que não é muito comum encontrar numa scooter de 125 cc.