Foi um fim de semana verdadeiramente alucinante o da penúltima prova do MotoGP, no GP do Qatar 2023. Que o diga Fabio di Giannantonio (Gresini Racing) que se estreia a vencer em MotoGP, após uma dura batalha com o líder do campeonato, Francesco Bagnaia (Ducati Lenovo Team), que teve de se contentar com o segundo lugar, não sem antes apanhar um grande susto em que quase caiu por falhar uma travagem na curva 1, no início da 20ª volta.
Fabio di Giannantonio está sem equipa para a próxima temporada, mas o resultado de domingo bem que pode ter sido uma importante ajuda para que continue a competir na próxima temporada, sendo que fez uma prova magistral, a ponto de cruzar a linha da meta com mais de três segundos de vantagem para Bagnaia.
O único piloto em condições de disputar o campeonato com Bagnaia é Jorge Martin (Prima Pramac Ducati) que, na véspera vencera a corrida Sprint e encurtou a diferença pontual para o líder do campeonato em apenas sete pontos, mas no domingo as coisas foram muito diferentes para o piloto espanhol, uma vez que apenas concluiu a prova num modesto 10º lugar.
Em termos práticos, o grande vencedor do fim de semana foi Bagnaia. O segundo lugar foi um excelente resultado e chegar à última ronda do campeonato com 21 pontos de vantagem sobre Martin dá uma relativa tranquilidade para Valência, mais ainda quando se sabe que estão apenas em jogo um máximo de 37 pontos.
Interessante que o pódio do Grande Prémio do Qatar acabou por ser composto por três pilotos italianos (o terceiro lugar foi de Luca Marini (Mooney VR46) e todos a conduzir motos italianas.
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Miguel Oliveira: fim de semana horribilis
Para Miguel Oliveira (RNF Aprilia) passa a ser um fim de semana de má memória. Após a fratura da omoplata direita que sofreu na queda logo na primeira volta da corrida Sprint, abalroando ainda Aleix Espargaró (Aprilia Racing) e causando também a queda de Enea Bastianini (Ducati Lenovo Team), acabou por não competir no domingo. Além disso, não vai competir no próximo fim de semana em Valência.
Como se não bastasse, foi considerado culpado pelo acidente pelos comissários da corrida e vai começar o próximo ano com uma penalização de uma volta longa (long lap) na primeira prova em que participar.
Por último, o período de paragem será extenso, o que significa que também não vai poder participar nos primeiros treinos de pré-epoca e o mais provável é que apenas volte às pistas no Grande Prémio do Qatar que será a primeira ronda de 2024, de 8 a 10 de março, antecedendo Portimão, dias 22 a 24 de março.