Depois de termos apresentado o humorista Nilton, esta semana trazemos até vós alguém bem conhecido do meio artístico e da representação que todos conhecemos e apreciamos, com uma longa carreira e ainda muito para dar. Talento, simpatia e um sorriso bonito. É difícil pedir mais!
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Marco Costa nasceu o 13 de junho de 1977 e é um jovem quarentão que ainda tem muita pela frente. É verdade que agora as motos têm estado um pouco adormecidas por questões de trabalho e familiares, mas é um verdadeiro fã das duas rodas, apesar de não ter sido muito precoce neste campo, como vamos ver mais à frente.
Veja também Nilton: DJ, escritor, humorista, ator, desportista, pai e motociclista
A representação é (quase) a sua vida
O jovem Marco tinha nos seus planos a arquitetura e chegou a frequentar o curso superior de arquitetura, mas alguém o “assediou” para a representação. Foi fazer um curso de cerca de um ano e descobriu que era essa a sua vocação e nunca mais voltou para trás. Cinema, teatro, televisão… tudo se tornou uma verdadeira paixão na vida do ator que facilmente faz a sua metamorfose, consoante os seus papéis.
Já era mais ou menos adulto quando o mundo da representação mudou a sua vida, mas conta que o pontapé de saída foi ainda no secundário quando uma professora desafiou toda a turma a ir ver Sonho de uma noite de verão de Shakespeare. A maior parte da turma deve ter adormecido (a peça é longa, mas magnífica), mas o jovem Marco não e o bichinho nasceu ali, embora se tenha revelado mais tarde…
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Depois de abandonar o curso de arquitetura (grande coragem e certamente uma grande mágoa também para os seus pais) apostou mesmo a sério na representação e acabou por estudar na Universidade Moderna e os primeiros papéis, ainda sem grande relevo, começaram a surgir e a caminhada para ser conhecido de todos nós foi-se fazendo, mas de forma gradual e progressiva. Talento e simpatia não chegam. É preciso muito trabalho e uma pitada de sorte!
Começa a participar na série Super Pai, onde contracena com umas das grandes glórias da representação em Portugal e que por aqui já passou também: Luís Esparteiro!
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Seguem-se as novelas Ganância, Anjo Selvagem e Amanhecer e em 2004 entra também no viveiro de talentos que foi Morangos com Açúcar. Fazer parte da geração morangos foi um momento crucial na sua carreira, tal como para Alexandre Silva, Pedro Teixeira ou Helena Costa e muitos outros.
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Nunca mais parou daí para a frente e não deve acontecer tão depressa, esperamos todos nós! Inspetor Max, Os Serranos, Vingança são algumas das novelas em que participou, mas há muito mais! Caso da série Aqui não há quem viva, do filme de 2013 Bairro ou da série que foi um grande sucesso Ministério do Tempo, adaptação da homónima espanhola da TVE El Ministerio del Tiempo.
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Hoje continua empenhado na representação, sua paixão, mas descobriu outra, até porque a arte de representar pode nem sempre dar para (sobre)viver no nosso país: a aviação! Tirou o curso e tenta conciliar as duas coisas, na medida do possível, sabendo que ambas requerem muito tempo e dedicação. Como será que consegue? E ainda tempo para a família, os amigos e a sua dedicação aos seus cães?
E as motos?
Contado pelo próprio não se pode dizer que as motos tenham chegado muito cedo na vida do Marco, apesar de a primeira experiência, de que se recorda, tenha sido aos comandos de uma Yamaha BW’s 50 quando tinha cerca de 15 anos e o resultado foi… uma queda!
Claro que andou muitas vezes à pendura, nomeadamente nas populares Yamaha DT 50, mas a sua inclinação e dos próprios pais foi para o carro e só muito mais tarde decidiu ter a sua primeira moto, já na casa dos 30 anos, quando considerou que já tinha alguma maturidade para comprar uma moto e não correr o risco de se matar logo de seguida!
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Começou por uma singela 125 com a qual teve um aparatoso acidente, mas ao contrário de muitos de nós isso não lhe causou medo. Apenas reforçou a vontade de tirar a carta de moto e comprar uma moto mais potente. A escolha acabou por recair numa simpática e ultra fiável Honda CB 500 que foi conservando ao longo dos anos.
Fã de um estilo mais clássico de motos, mas sempre com uma veia a chamar para o lado bopper e da transformação das motos é fã da Yamaha XV 900 e tem uma que usa sempre que pode, incluindo para ir à Concentração de Góis, da qual é fã assumido, sendo que a sua irmã tem boa culpa desse facto, no sentido positivo do termo.
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Adora desfrutar da liberdade da moto e prefere andar sem passageiro. Pode parecer algo estranho para muitos de nós e até um pouco egoísta, mas é uma opção pessoal, sendo que quando levamos pendura a responsabilidade duplica. São escolhas…
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Evita andar de moto à chuva, mas não é fundamentalista. Apenas não gosta do efeito da chuva contra o corpo, além de que tem a consciência de que a aderência do piso se altera por completo e há muita gente que não tem a perceção disso e conduz exatamente da mesma forma, o que é um perigo para eles e para os outros, peões incluídos.
E daqui para a frente?
Marco é um jovem cheio de sonhos, mas com os pés bem assentes na terra e a sua aproximação à aviação refere isso mesmo. Naturalmente que vai continuar a representar, mas sabe que pode não ser suficiente. O trabalho nesta área, mais ainda num mercado pequeno como o nosso, é cíclico e há despesas para pagar ao fim do mês e dois filhos, de relações diferentes, para criar e educar, mesmo que estejam mais ou menos longe.
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Esperamos que nos continue a encantar na televisão, no cinema ou no teatro e, já agora, que continue a andar muito de moto por esse Portugal fora e talvez até no estrangeiro, nomeadamente na vizinha Espanha, que oferece imenso e aqui tão perto.
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A sua boa onde e energia positiva continuam a fazer falta e a combater o cinzentismo que reina no nosso país, mais ainda num momento bastante complexo como este que vivemos agora…