Superando, uma vez mais, todas as expetativas de adesão e obrigando inclusivamente a Federação de Motociclismo de Nacional a um esforço acrescido para permitir ao maior número de motociclistas a presença na 20.ª edição do Portugal de Lés-a-Lés, a caravana que vai cumprir os 1160 quilómetros entre Faro e Felgueiras, de 30 de maio a 2 de junho, contará com mais de 2000 participantes.
Entusiasmo que ditou o encerramento das inscrições ainda antes da data prevista de 30 de abril, criando, ainda assim, um pelotão que demorará mais de 4 horas e meia a arrancar do palanque e passar por cada uma das muitas localidades visitadas.
Festa gigantesca em ano que assinala duas décadas da maior maratona mototurística da Europa, proporcionando aventura ímpar, da descoberta de paisagens deslumbrantes ao rico património arquitetónico e histórico, passando, claro está!, pela gastronomia.
Que depois dos paladares algarvios do prólogo e início da primeira etapa, distinguirá sabores alentejanos, beirões e durienses no dia da ligação entre Portalegre e Lamego. Viagem de 390 quilómetros que sai da capital do Alto Alentejo através das longas retas rumo a Amieira do Tejo, no concelho de Nisa, em paragem inédita no Lés-a-Lés que permitirá visitar o castelo mandado construir no século XIV pelo Prior do Crato, o pai de Nuno Álvares Pereira, e agora muito bem recuperado.
Da aldeia alentejana segue-se para uma freguesia beirã, Envendos, onde a Câmara Municipal de Mação acolhe a caravana com um ‘Oásis’, antes da visita à barragem de Santa Luzia, já no concelho de Pampilhosa da Serra. Obra cuja ideia inicial conta com mais de um século, aproveitando estreita garganta geológica, junto ao pequeno lugar de Casal da Lapa, para represar as águas do rio Unhais.
Para aqueles que preferem apreciar a paisagem sem preocupações de leitura ou do rumo a seguir, exista a possibilidade de optar por seguir atrás de um guia, em nova modalidade de participação, de valor acrescentado, criada pela organização, para grupos de 10 motos.