Voltamos à Europa e vamos até Itália, mais precisamente a Noale para apresentar a Aprilia RSV4. Pela primeira vez vamos abordar uma moto deste fabricante ainda relativamente jovem, mas com um historial desportivo magnífico.
Nada como deixar o Bruno Passos contar um pouco de como nasceu a paixão por esta moto, apesar de já existir sucessora.
Veja também a moto do leitor Suzuki Bandit 600
Fala-nos de ti e da tua experiência no mundo das motos…
Iniciei-me no mundo das duas rodas a motor com 12 ou 13 anos, numa Yamaha DT YPVS 125 de um amigo que me ensinou a andar (ele é que chegava ao chão) e eu aprendi a arrancar com embraiagem e a meter mudanças, mas a minha primeira moto foi uma Suzuki wolf 50 cc.
Que tipo de motociclista és?
Tenho inclinação para o lado mais agressivo e competitivo das motos, se falarmos em fora de estrada a minha inclinação é para motos de “cross” ou puro enduro. Se falarmos em motos de estrada, a minha opção é para motos de pista. Gosto de fazer uns trilhos off-road com os amigos ou “track days” em circuitos, nos intervalos também vou ao Cabo da Roca aos domingos.
Porquê esta moto em particular? O que mais e menos gostas nela?
A história que me levou a esta moto é peculiar. Estava em Lisboa à porta do trabalho e depois de se abrir a porta de uma garagem de um hotel (bastantes pisos subterrâneos) ouvi um “ronco” grave monstruoso. Fiquei à espera que saísse um Lamborghini ou algo do género, e saiu uma moto que até então nunca tinha visto. Levei algum tempo a encontrar a moto em pesquisas na internet. Para minha surpresa, apesar de não ter expressão em Portugal, as pesquisas mostravam que a Aprilia RSV4 ganhara o prémio da melhor moto no segmento vários anos. Decidi então adquirir uma acima de 2015 que foi quando começaram a sair com 201cv.
O que mesmos gostei? Nada! A moto é fiável (para quem cumpre o plano de manutenção), ótima ciclistica, visceral e apesar de um design com mais de 10 anos, continua a captar os olhares alheios.
Prevês sucessora? Qual?
Depois de muitos anos com motos japonesas com a aquisição da Aprilia liguei-me mais ao mundo das motos europeias, mais propriamente italianas, estou a cada vez a gostar mais da Ducati Panigale v4.
Que conselhos dás a quem anda de moto? E a quem não anda?
A quem anda de moto, que usem proteção sempre. Sou um ferrenho adepto de que em vez da inspeção às motos, os condutores deviam ser obrigados a usar equipamentos de proteção individual (EPI) certificados. Até certas cilindradas, proteção nível A, outras cilindradas nível AA e para grandes potências nível AAA. Devia de haver um sentido crítico a quem não usa equipamento, mas vê-se mais é o contrário.
Para quem não anda de moto, aconselho vivamente a terem a experiência, mais que não seja para perceber que existem motociclistas na estrada, tem comportamentos diferentes no trânsito e, assim, passarem a ficar mais atentos a esses padrões.