Qual a justificação para esta vida tão longa?
Na génese deste modelo estão as motos do Dakar, muito populares logo no início da competição, a partir do começo da década de 80’.
Ainda nessa década a Suzuki começou a comercializar a DR 600 (Dual Racing) que, em 1990, evoluiu para 650 e logo em duas versões: DR650 Djebel (também conhecida por DR650R Dakar) e DR650RS. Sendo a primeira com mais apetência para fora de estrada e a segunda para o asfalto.
Ambas as versões foram evoluindo ao nível de quadro, suspensões, adição do motor de arranque, mas é em 1996 que a marca “estabiliza” o modelo tal como o conhecemos hoje. Uma verdadeira dual purpose.
A moto era agora mais compacta, mais leve, com melhores suspensões e verdadeiras capacidades para viajar no asfalto e fora dele. O seu monocilíndrico, refrigerado a ar/óleo com 640 cc, cerca de 46 cv às 6.800 rpm e um binário de 56 Nm às 5.000 rpm veio a revelar-se uma escolha muito acertada. Era fiável, robusto e económico, a tal ponto de a marca o utilizar também na sua Suzuki XF650 Freewind.
Em 2003 deixou de ser vendida na Europa (em alguns países até foi mais cedo), uma vez que não cumpria as normas europeias em termos de emissões (a moto era e continua a ser equipada com carburador), mas o sucesso manteve-se noutras paragens, dadas as suas qualidades. A isso não é alheio um preço muito competitivo e uma excelente fiabilidade, além de existirem todos os acessórios, como depósitos maiores, upgrades de suspensões, proteções, iluminação, capacidade de carga, escapes… para a melhorar.
Mesmo em Portugal continua a ser muito valorizada e modelos do final do milénio passado, desde que em bom estado, continuam a aparecer a valores muito elevados, mas a pressão da procura existe e há pouca oferta.