Já aqui escrevemos várias vezes sobre as Inspeções Periódicas Obrigatórias para Motociclos (IPOM) e tem havidos tantos avanços e recuos que mais parece uma novela de terceira categoria e sem fim à vista!
O mais recente episódio, que se segue nomeadamente à audição na Assembleia da República da FMP numa audiência na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação da Assembleia, vai no sentido de uma proposta mais radical. Esta pode representar, caso venha a ser aprovada, um novo adiamento ou mesmo o final da intenção de avançar com as IPOM, tal como divulgado pelo Jornal Público na sua edição de dia 14 de novembro.
Desta vez a iniciativa pertence ao Partido Social Democrata (PSD) que acaba de apresentar vários projetos de lei à Assembleia da República, incluindo um em que o objetivo é colocar definitivamente as IPOM na gaveta e apostar mais em formação para motociclistas e novas medidas para combater a sinistralidade e promover a segurança rodoviária!
Na sua rede social Instagram dá mais detalhes através dos seus deputados Gonçalo Lage e Miguel Santos que dão a cara pelas novas propostas do respetivo partido.
Ainda de acordo com essa nova orientação vão ser apresentadas campanhas de sensibilização inclusivamente para os peões e os automobilistas, melhorando dessa forma a relação e convivência na estrada das várias partes envolvidas.
Veja também: As Inspeções Periódicas Obrigatórios para Motos (IPOM) e as motos customizadas
Mais detalhes
Outra das propostas a submeter vai no sentido de reforçar e generalizar a possibilidade de condução dos motociclos nas denominadas faixas BUS e a criação da classe 5 (motociclos) nas portagens das autoestradas, mesmo para os motociclistas que não têm Via Verde. A avançar, será que também irá contemplar a portagem na Ponte Vasco da Gama, única em que não existe desconto para motociclos, pondo fim a uma injustiça com muitos anos?
Convém ter presente que para estas propostas serem aprovadas vão ter que ser aceites pelos outros partidos, nomeadamente pelo Partido Socialista (78 deputados) e Chega (50 deputados), uma vez que o número total de deputados do PSD, mesmo numa Aliança Democrática com o CDS (80 deputados) é insuficiente para que haja aprovação garantida.
Por outro lado, mesmo que as medidas avancem e venham a ser aprovadas, nada impede que após este ciclo eleitoral, quando formos novamente chamados às urnas, pode existir um novo governo com um entendimento diferente e as IPOM voltarem a avançar.
Vamos ter de aguardar, uma vez mais, pelos próximos capítulos desta saga que parece não ter fim à vista!