Steve McQueen, cujo verdadeiro nome era Terrence Stephen McQueen, nasceu no dia 24 de março de 1930 (mesmo ano do meu saudoso Pai), em Beech Grove, Indiana, um subúrbio de Indianápolis e deixou-nos, precocemente, vítima de cancro dos pulmões, no dia 7 de novembro de 1980, quando tinha apenas 50 anos e era uma estrela global, sendo que não revelou a doença até quase à sua morte.
O seu pai, William McQueen, era um piloto de acrobacias de um circo e Steve que, segundo consta, era disléxico e parcialmente surdo, devido a uma infeção nos ouvidos, acabou por ser criado pelos avós e um tio-avô. Quando completou quatro anos ofereceram-lhe um triciclo vermelho.
Mais tarde McQueen assumiu que esse triciclo ajudou a despertar o seu interesse pela velocidade, pelas corridas, pelas motos e cenas arriscadas… que o acompanharam ao longo de toda a sua vida e carreira, tal como dezenas de motos, de diferentes marcas e estilos, com especial destaque para o off-road.
Depois uma juventude e início de idade adulta algo turbulenta, incluindo ter sido fuzileiro, foi quando começou a estudar representação e teatro em Nova Iorque, enquanto ganhava dinheiro competindo em corridas de motos aos fins-de-semana em Long Island City Raceway. No final de 1955, com 25 anos, McQueen deixou Nova Iorque e dirigiu-se para a Califórnia, à procura de emprego como ator em Hollywood e o sucesso chegou, mas não foi logo imediato, mas vejamos agora alguns momentos mais marcantes, sempre com as motos em pano de fundo.
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The Great Escape (A Grande Fuga), de 1963
Este filme ajudou muito a promover a carreira de McQueen. Uma história, com a batuta do genial John Sturges e atores como Charles Bronson, James Coburn ou Richard Attenborough. Tinha por base uma história real de uma fuga em massa de um campo de prisioneiros de guerra (Stalag Luft III, em Sagan), durante a Segunda Guerra Mundial e do qual, supostamente, era impossível fugir.
Para a história fica o salto acrobático de McQueen para fugir aos seus carcereiros. Em bom rigor, por questões de seguros e contra a vontade de McQueen não o deixaram fazer esse salto. A honra coube ao seu amigo Bud Ekins, que tinha algumas semelhanças físicas a McQueen, à distância. A moto era uma Triumph Trophy TR6 e a marca ficou para sempre ligada ao ator, que já era fã do fabricante inglês. McQueen teve mesmo várias Triumphs, mas também modelos de outras marcas como Husqvarna ou mesmo as exóticas Metisse.
Mais tarde, quando o popular apresentador Johnny Carson no seu programa de TV, Tonight Show, o quis felicitar pelo salto, foi apanhado de surpresa pela resposta e humildade do ator:
– Eu quis, mas não me deixaram. O salto foi feito pelo meu amigo Bud Ekins.
Esta postura ajudou ainda mais ao sucesso do filme e, em definitivo, ajudou à afirmação de McQueen como herói da Sétima Arte.