Encerramos um ano de “A Moto do Leitor”, com a Yamaha Tracer 9, uma moto de uso diário, do nosso colaborador Pedro Pereira.
Um especial agradecimento a todos e a todas os que nos acompanharam nestas crónicas durante estes 10 meses e a quem aceitou partilhar o seu testemunho na primeira pessoa.
Para o próximo ano, vamos lançar uma nova série de crónicas intitulada “Que moto comprar?”.
Chegam-nos, com frequência, pedidos de ajuda nesse sentido pelo vamos tentar ajudar a dar resposta a essas dúvidas, sendo que o mail para contato é [email protected]
Façam chegar as vossas questões com algum detalhe para sermos mais objetivos na resposta: experiência que tem anterior (se aplicável), orçamento disponível, tipo de utilização a que se destina a moto, nome e localidade (ou indicação de que pretendem o anonimato) e outros detalhes que considerem relevantes.
A Moto do Leitor Yamaha Tracer 9
1. Fala-nos de ti e da tua experiência no mundo das motos…
Deve ter começado muito cedo, talvez ainda no ventre materno. Afinal de contas, nascer no “Portugal Interior”, praticamente sem transportes, dava um grande valor acrescentado ter um veículo de duas rodas motorizado.
Daí para a frente, por influência da família, nomeadamente do pai, que sempre andou em duas rodas, nunca mais teve fim, sendo que o TT sempre teve um especial carinho, mas não há como negar que “gosto de todas”, o que é um problema!
2. Que tipo de motociclista és?
Sou um sortudo porque ando muito de moto por prazer e tenho prazer em andar de moto! Porém, ao conduzirmos muitas motos diferentes temos uma abordagem diferente. Preocupamo-nos mais com questões relativas a suspensões, quadro, entrega da potência, geometrias, sistema de travagem… ou seja, continuamos a desfrutar, mas não conseguimos desvincular-nos de uma perspetiva mais crítica e isso ocorre em todas as motos que conduzirmos. Torna-se parte da nossa natureza.
3. Porquê esta moto em particular? O que mais e menos gostas nela?
Infelizmente tenho o péssimo hábito, caro, de trocar de moto com mais frequência do que devia e não me afeiçoar demasiado a nenhuma moto a ponto de as vender em qualquer altura! Da Tracer 9 gosto em particular do CP3 que é um motor fantástico em todos os regimes e isento de vibração, sendo que a sonoridade do escape ajuda, tal como o quick shifter. As suspensões, mesmo ajustadas para o meu gosto pessoal, não estão à altura do conjunto, tal como a iluminação em curva e gostava de um travão dianteiro mais mordaz logo no primeiro contato.
4. Prevês sucessora? Qual?
Prevejo, mas não sei quando (risos)! A Tracer vai a caminho do seu terceiro ano de vida e dos 20.000 km, ainda é uma jovem, mas temo que possa trocar ainda este ano ou, o mais tardar, em 2024, se a economia o permitir! O problema não é a moto, sou eu! Isso e o facto, como canta José Malhoa, que “há fruta boa por todo o lado”!
5. Que conselhos dás a quem anda de moto? E a quem não anda?
É sempre delicado dar conselhos a quem quer que seja, mas a dar um, pode resumir-se numa palavra: prudência, mesmo numa altura em que as motos estão cada vez melhores e mais seguras!
A quem não anda ou nunca andou de moto, posso sugerir que experimentem, mas se não vos seduzir não há problema nenhum nisso. Apesar de todas as suas vantagens em termos de economia, rapidez, sensações… ninguém é obrigado a gostar de motos e não temos de andar a impor os nossos gostos aos outros!
Veja também a moto do leitor Voge 125R
Reencontramo-nos em janeiro nas crónicas “Que moto comprar?”. Não se esqueçam de nos fazer chegar os vossos pedidos.
Feliz 2024!