Com a chegada da época do ano em que as competições por selecções concentram as atenções a nível global coube ao Supermoto iniciar a ‘época’ nessa área com a realização do Supermoto das Nações no circuito francês de Carole, desta feita num formato com 2.085 metros totais, dos quais 1893 eram em asfalto e os restantes em terra.
Localizado a cerca de 20 minutos da capital francesa, Paris, o circuito é considerado por muito com um dos ‘berços’ da modalidade, tendo sido no seu asfalto que foram dados os primeiros passos da disciplina e também realizadas várias edições do Guidon D’Or, competição única que nos anos 90 atingiu o seu auge colocando frente a frente os melhores pilotos de diversas disciplinas para um duelo em motos Supermotard, como era então conhecida a especialidade.
Muitos anos volvidos este circuito inaugurado em 1979 de forma a atrair os motociclistas e reduzir o elevado número de acidentes que então marcavam as estradas gaulesas e desde 2012 sob a gestão da Federação Francesa de Motociclismo, que o ‘salvou’ da falência, é um dos ‘pilares’ da formação de motociclistas e pilotos em França.
Neste regresso da elite do Supermoto ao seu asfalto foram 22 as nações que marcaram presença e entre elas também Portugal se fez mais uma vez representar naquela que é a prova por nações mais recente na lista de competições da FIM – esta foi a 14ª vez que o troféu Francesco Zerbi esteve em discussão – e que pela segunda vez este em Carole, volvidos dois anos da estreia.
Sérgio Rego, Nuno Pinto e Nuno Rego foram os pilotos que levaram as cores da Federação de Motociclismo de Portugal e o Supermoto luso até paragens franceses e foi desde a qualificação que o trio português se instalou na 15ª posição, assegurando a qualificação directa no Sábado após as três corridas realizadas com o asfalto seco.
Sérgio Rego foi o primeiro em pista e fechou a contenda na 14ª posição, Nuno Pinto foi 13º na segunda corrida e deixava Portugal na 12ª posição antes da derradeira corrida onde Nuno Rego foi 16º – o pior resultado é sempre descontado – e a equipa desceu ao 15º posto segurando no entanto o acesso directo ás finais de Domingo.
Com a chuva a chegar no dia de todas as decisões a lama e as condições de aderência muito reduzidas deixaram muitos pilotos em dificuldades maiores e os portugueses não foram imunes a essas mesmas condições de aderência reduzidas. Com 32 pilotos em pista – dois de cada uma das nações apuradas – foi quase em modo sobrevivência que todos tiveram que atacar o misto asfalto/terra gaulesa.
Na primeira corrida Sérgio Rego foi o 23º e Nuno Pinto o 27º, colocando as cores portuguesas na 14ª posição. Na segunda corrida foram Nuno Pinto e Nuno Rego os pilotos com as cores da FMP e no final das 12 voltas realizadas cruzaram a linha de meta na 27ª e 29ª posições descendo a equipa ao 15º posto a seis pontos do 14º lugar e com sete de vantagem para o trio em 16º.
O derradeiro confronto do dia seria por isso decisivo e aí Sérgio Rego foi 16º e Nuno Rego o 29º, resultado que manteve os portugueses na 15ª posição após uma prova exigente e muito complicada devido ás condições climatéricas adversas.
Globalmente foram os franceses que venceram pela sexta vez consecutiva a competição que contou com forte adesão popular apesar das condições climatéricas.