Ao longo de uma carreira de mais de 50 anos fomo-nos habituando a ver o Vítor a entrar-nos casa adentro, pela televisão, mas também no teatro, no cinema e nas redes sociais. A sua presença tem sido marcante, mas quem é este homem verdadeiramente especial e qual a sua ligação ao mundo das motos?
Vítor Norte Ribeiro, alentejano de gema, nasceu a 29 de janeiro de 1951, em Borba (distrito de Évora) e tem atualmente 73 anos e uma vida cheia de peripécias, daquelas que dá mesmo para escrever um livro, mas já lá vamos…
Aos 17 anos veio para Lisboa e o seu interesse pelo teatro e pela representação levaram a que fosse aprofundando a sua formação nestas áreas, sendo que se iniciou como ator profissional na Casa da Comédia, dirigida por Fernando Amado. De lembrar que ainda estávamos no Antigo Regime e ser ator era algo bem distinto do que é hoje e havia outras responsabilidades, caso do Serviço Militar Obrigatório, que o levou a ser mobilizado durante cerca de dois anos para a Guiné-Bissau, na chamada Guerra Colonial.
Só depois do seu regresso, são e salvo, começa verdadeiramente a entregar-se de alma e coração à sua paixão pelo teatro e pela escrita, colaborando, por exemplo, com a Produtora Edipim na produção de conteúdos para o programa “Eu Show Nico” e participa na novela “Moita Carrasco”, que veio a ser um grande sucesso. O seu verdadeiro nome era “Amor à Portuguesa” e tratava-se de uma sátira às novelas brasileiras. Os menos jovens certamente se recordam e lembram o saudoso e genial Nicolau Breyner.
Norte também participa na nossa primeira telenovela “Vila Faia” 1982, ao lado de muitos outros atores e atrizes mais ou menos consagrados. Ainda nesse ano faz também a sua primeira aparição no cinema com o filme “A Vida é Bela”, de Luís Galvão Telles e daí para a frente torna-se imparável. Talento, simpatia, capacidade de trabalho, tudo em doses mais ou menos equilibradas…
Para recordar, o genérico de “Vila Faia”:
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