Diogo Ventura (Honda) repetiu este Domingo o 16º lugar conquistado ontem (sábado) no primeiro dia do Grande Prémio de Portugal do Mundial de Enduro, que este fim de semana se disputou em Valpaços, tendo sido o melhor português em prova.
O piloto de Góis foi o oitavo classificado da classe E2 nos dois dias de prova, a mais competitiva do campeonato. “Foi bastante mais duro do que no primeiro dia.
As especiais tinham mais buracos e mais suscetíveis para cometer erros. Perdi um bocado de tempo na Extreme mas consegui fazer alguns tempos entre os melhores pilotos do mundo. É difícil não estar cá a tempo inteiro e bater-me com os pilotos que se preparam o ano inteiro para isto e testam o melhor material.”, começou por dizer.
Diogo Ventura confessa que ficou “satisfeito e finalmente a voltar ao meu ritmo”. Sobre a prova, considerou que “foi bem organizada e muito dura”, deixando palavras elogiosas aos homens do moto clube Usprigozus, de Vilarandelo.
Esta foi a segunda prova do Mundial de Enduro, que arrancou na Alemanha.
O fim de semana foi marcado pelo muito público presente ao longo do percurso, de 50 quilómetros, que incluía três especiais por volta. O britânico Bradley Freeman, em Beta, foi o mais rápido hoje, deixando o compatriota Steve Holcombe (Beta), vencedor do dia anterior, a 13 segundos. O outro português presente em EnduroGP, Luís Oliveira (KTM), viu-se forçado a desistir nos dois dias de prova, em consequência de uma queda no sábado.
Na Open Mundial, uma nova classe, participaram 24 pilotos, entre os quais os portugueses João Lourenço (vencedor da última prova do Nacional de TT), Gonçalo Reis (ganhou a prova de abertura, na Alemanha), Rodrigo Belchior, Joana Gonçalves e Fernando Ferreira (nos veteranos).
O português Gonçalo Reis venceu os dois dias de prova na classe Open 2s. O piloto da Gas Gas deixou o outro português presente, João Lourenço (Beta) em segundo lugar. “Estou contente com mais uma vitória. Foram dias duros, em que andei na luta com o meu compatriota, que fazia uma Cross Test melhor do que eu. Mas conseguia gerir nas restantes especiais. Hoje esteve mais calor, que foi o principal obstáculo do dia”, explicou Gonçalo Reis, que tem como objetivo “ganhar esta classe”.
Na Open 4s, Rodrigo Belchior (KTM) desceu um lugar hoje depois de no sábado ter sido quarto classificado, enquanto Joana Gonçalves conseguiu uma excelente sétima posição no domingo. O marcoense Fernando Ferreira (Sherco) também subiu ao pódio, mas na Open Veteranos, ao terminar na segunda posição hoje, terceiro no dia de ontem, com a vitória a caber ao britânico David Knight (TM).
Na classe Youth, Tomás Clemente (Husqvarna) esteve melhor do que no primeiro dia, terminando na décima posição, a 3m17,86s do vencedor dos dois dias, o neozelandês Hamish McDonald.
Para Maurizio Micheluz, director de percurso da Federação Internacional de Motociclismo, esta foi “das melhores” provas do Mundial. “Tivemos uma prova muito boa do ponto de vista de organização. Estamos no topo. A logística estava bem preparada. O percurso tinha três especiais de um nível ótimo, com uma parte muito técnica, que agradou aos pilotos. É muito melhor que uma prova normal do Mundial”, frisou.
A organização transmontana também confirmou o positivismo. “Foi um sucesso. Tempo esteve espetacular, pilotos cumpriram os seus objetivos e a organização está bastante satisfeita. O público esteve presente em larga escala, mais do que estávamos à espera, pelo que superou as nossas expectativas”, frisou Fernando Reis, do moto clube Usprigozus, de Vilarandelo, que organizam esta prova.
Todos os resultados dsponíveis em endurogp.org.
Fonte: FMP