Dizem que se parece ao todo-o-terreno da Tesla, devido às formas angulosas e vanguardistas, mas esta peculiar scooter não é fruto da mente inquieta de Elon Musk. A origem é a Costa Este, pelo lápis de dois irmãos nova-iorquinos que necessitavam de um veículo diferente para deslocar-se pela cidade. Como não encontraram o que procuravam, criaram-no eles próprios!
Por José Armando Gómez
Fotos Infinite Machine
Quando a Vespa de Joe Cohen, que era o seu meio de loco- moção diário por Nova Iorque, avariou, em vez de pensar em comprar uma nova, pensou em montar uma “start-up” com o seu irmão para criar a sua própria moto.
Assim nasce a Infinite Machine e esta P1 é o primeiro modelo. Com formação na área do Design Industrial, marke- ting e grande sentido empreendedor, os irmãos Joseph e Eddie Cohen conheceram Zach Cooper, que entendia de motos e os ajudou a dar forma à revolucionária ideia. também efetivaram uma parceria com o fabricante chinês taizhou, que se encarrega da produção em série de alguns componentes que partilham com outros veículos e com os quais asseguram um pós-venda rápido e confiável, apesar de que, pelo seu design, pareça simplesmente um protótipo.
Porque, claro está, scooters há muitas, mas nunca tínhamos visto nenhuma como esta. se é verdade que tanto as prestações como o preço não são nada do outro mundo (está à venda nos Estados Unidos por 10 000 dólares com depósito prévio de 1000 dólares), pela estética e abordagem, justificam em pleno o destaque nestas páginas. também por ser exclusiva, pois chegou ao mercado numa primeira série de 250 unidades e ape- nas está previsto o fabrico de outras 1000 unidades para o mercado americano, estando em vista a expansão para outros territórios.
Leia também: Vmoto foi a marca de motos elétricas mais vendida em 2024
Até aos 90 km/h
O particular desenho da P1 está inspirado na arquitetura “brutalista”, na tecnologia de consumo e na obra de artistas como Donald Judd ou designers como Marcello Gandini. A carroceria geométrica de painéis de alumínio anodizado oculta um chassis de aço. É, como é fácil de imaginar, completamente elétrica, com motor de 6 kW de potência e 12 kW de pico de potência máxima, alimentado por uma bateria de 3,2 kWh e 72 volts extraível, para conseguirmos carregar em casa. A autonomia homologada aponta aos 100 km, enquanto que a velocidade máxima está limitada aos 50 km/h, caso seja para ser conduzida com carta de ciclomotor nos EUA e de 90 km/h caso tenhamos carta que habilite a conduzir motociclos. Uma configuração que pode ser perfeita- mente compatível com as normas europeias.
Super tecnológica
Além da estética, a P1 oferece outras coisas interessantes como um painel de instrumentos digital (compatível com Apple CarPlay), com sistema operativo nativo desenvolvido pela própria equipa da Infinite Machine e que receberá atualizações via OTA, quer dizer, diretamente conectado à nuvem, desde onde serão descarregadas diretamente as novas versões de software. também vem equipada com câmaras, dianteira e traseira, para prevenção de roubos, segu- rança e, claro, criação de conteúdo. tem inclusivamente instalado um sistema de GPs, unido ao sistema anti-roubo para geolocalização do veículo. Outro ponto onde se nota a “mão” dos designers industriais, por detrás deste desenho, é a modularidade e a gama de acessórios que desenharam para esta scooter, com malas incluídas e colunas, que se podem instalar nas laterais. Dizem os seus criadores que pretendem mudar as regras, como fizeram os primeiros computadores pessoais nos finais dos anos ‘70 ou como fez Elon Musk (com o qual não querem ter nenhuma ligação…). Vamos ver se o conseguem…
Ficha técnica INFINITE P1
Motor Eléctrico
Bateria 3,2 kWh
Potência 12 kW
Binário n.d.
Limitável a A2 sim
Autonomia 100 km
Velocidade máxima 90 km/h
Quadro Monocoque de aço
Suspensão dianteira n.d.
Suspensão traseira n.d.
Travão dianteiro Disco
Travão traseiro Disco
Pneu dianteiro n.d.
Pneu traseiro n.d.
Distância entre eixos n.d.
Altura assento n.d.
Peso declarado n.d.
Preço 9.907 €
