Foi uma prova dura e complicada nalguns momentos para uma dupla corajosa que enfrentou os 500 km do desafio aos comandos de motos rigorosamente de série, com 200 kg de peso a seco, num percurso técnico e cheio de surpresas.
André Fernandes começou ao seu jeito, em ritmo forte, mas primeiro um problema com o sensor do corta-corrente do descanso e depois uma queda fizeram-no perder meia hora ainda antes da meia distância. A 40 km do fim, o piloto da Scrambler azul sofreu nova queda, de que resultou uma clavícula partida. Mesmo em sofrimento, levou a sua moto até ao fim.
Filipe Elias optou por uma abordagem mais cautelosa. Fez uma prova tranquila até que, a 30 km do fim, depois de uma prova inteira a ser massacrado pelas “pedradas” dos SSV, o radiador da Scrambler verde rompeu. Muito tempo perdido na remediação do problema, mas nem isso o impediu de levar a Triumph até ao pódio de chegada.
A classificação é o menos importante. O objectivo de terminar a prova foi alcançado, provando a extrema fiabilidade e resistência da Scrambler 1200, uma moto talhada para a aventura off-road com estilo clássico.
As motos são “indestrutíveis” (palavras deles), mas os pilotos foram de uma abnegação e resiliência indescritíveis. Que nos enchem de orgulho.