A ligação às motos e o grave acidente em 2015
Rita nasceu numa família maioritariamente masculina (quatro irmãos) em que a paixão pelas motos (e automóveis) era um denominador comum e com Rita não podia ser diferente, de tal modo que ainda hoje continua a andar regularmente de moto, mas mais cuidadosa do que nunca, uma vez que os perigos e riscos são omnipresentes.
Começou a andar à pendura com os irmãos, incluindo também as “bicicross”, à boa maneira de uma “Maria-Rapaz”. Daí até ter carta de condução demoraram muitos anos e foi graças ao “empurrão” do filho Diogo que Rita ingressou de verdade neste admirável mundo, já na casa dos 40 anos, servindo até de exemplo e impulso para muitas outras mulheres, mas nem tudo correu bem…
Diz-se com alguma graça, que “só existem dois tipos de motociclistas: os que já caíram e os mentirosos”! A expressão pode ser algo exagerada, mas tem um fundo de verdade já que os perigos estão sempre à espreita e quando andamos de moto ainda mais!
Em 2015, em plena A5 (que Liga Lisboa a Cascais) Rita Guerra teve um aparatoso acidente, mas que, felizmente, não teve consequências graves, mas foi também um alerta para todos nós. A própria cantora afirmou a esse respeito no seu Facebook:
“Circulava a uns 100 km/hora quando um automóvel deu um toque na esquerda da traseira da minha moto. Foi o suficiente. Tive muita sorte, pois estou intacta, apenas com um raspão na perna.”
O estado em que ficou o capacete ou o blusão mostra algo óbvio, mas que facilmente esquecemos: além de muito cuidado, uma pitada de sorte e sangue-frio, o equipamento de qualidade faz toda a diferença entre uma lesão e escapar incólume, talvez mesmo entre a vida e a morte!
Nunca é demais lembrar isso! O equipamento de proteção tem de ser uma prioridade para todos os que andam de moto, seja a conduzir ou como passageiro/a. Agarre-se à vida!
Uma conexão cada vez mais intensa com o mundo das motos
São muitos os casos de pessoas, homens e mulheres, que após um acidente de moto, ficam com um trauma tão forte que demoram a recuperar ou, em casos mais extremos, não recuperam de todo. Não foi o caso de Rita Guerra! Lutadora por natureza, é claro que teve de fazer o seu período de reflexão e luto, mas continuou a andar de moto e mostrar esse mundo maravilhoso que são as duas rodas, nomeadamente nas suas redes sociais.
Mesmo na atualidade é comum ser convidada para madrinha de muitos eventos motociclísticos, incluindo a Bênção Nacional dos Capacetes que, como manda a tradição, é em Fátima (já há data para 2024), não considerando muitas outras que são feitas por esse país fora.
Também já completou a Nacional N2, percurso obrigatório para todos os que gostam de moto e não só e participa noutros eventos especiais, caso do Portugal de Lés-a-Lés, cuja XXVI edição ainda agora terminou, sendo mais um sucesso, como era de prever.
Rita Guerra, que de alguns anos a esta parte estabeleceu uma parceria com a Rame Moto, tem um especial carinho (ou será mesmo paixão?) por um modelo de moto em particular: a Kawasaki Vulcan 650. Uma pura custom. Muito fácil de conduzir, ágil, com bons níveis de segurança e facilmente personalizável, sendo que existe um clube nacional deste modelo e que faz encontros regulares.
Este pequeno vídeo, realizado antes da cantora ir para Fátima para a bênção dos capacetes de 2022 é um bom exemplo:
Esperamos que tenham apreciado esta singela homenagem a Rita Guerra e que ela continue a brindar-nos com ótimos desempenhos, nomeadamente nos palcos e na vida, como tem feito ao longo das últimas décadas.
E, já agora, que continue a mostrar ao mundo que as motos são para todos e para todas, sem restrições de sexo, idade ou condição social! Basta querer!
Para a semana contamos apresentar mais alguém do mundo do espetáculo com uma estreita ligação às motos. Quem será?