Duas semanas após Silverstone o MotoGP está de volta e a prova deste fim de semana decorreu na Europa Continental, mais concretamente no Red Bull Ring – Spielberg, na Áustria, ficando ainda a faltar 7 provas para o final da temporada, que terá lugar a 6 de novembro, no Gran Premio Motul de La Comunitat Valenciana.
Como bem sabemos, a Áustria é um país maravilhoso, com imenso para apreciar e descobrir, desde a cultura, à história, passando pela gastronomia e pela natureza. Além disso, é também a casa mãe da KTM (e, por conseguinte, das suas “afiliadas” GasGas e Husqvarna). Isto significa que os seus pilotos, incluindo obviamente Miguel Oliveira, deram o máximo para conseguir bons resultados frente ao seu público, num circuito que conhecem bem.
Por outro lado, como já tínhamos mencionado, o facto de coincidir com a Concentração Internacional de Góis significou que, sobretudo no domingo, muitos dos que estiveram em Góis estavam de olhos postos nas várias provas, em especial a Prova Rainha, cuja hora de início foi às 13:00.
Destaque ainda para o facto de o MotoGP mudar de formato na próxima temporada. A FIM, pela voz do seu presidente, Jorge Viegas, a IRTA (Associação Internacional das Equipas de Corrida) e a Dorna, a promotora do Mundial, confirmaram este sábado várias alterações.
A mais relevante é a corrida sprint em todas as etapas, a realizar ao sábado. Vai decorrer às 15 horas e terá sensivelmente metade da distância da corrida de domingo. Atribui 12 pontos ao vencedor, nove ao segundo classificado, sete ao terceiro, descontando um ponto até ao nono classificado que recebe um ponto.
Como correu o fim de semana?
Logo para começar, a possibilidade de chuva fraca e mesmo de aguaceiros, vieram implicar estratégias específicas, incluindo escolhas de pneus adequados a este tipo de meteorologia. Além disso, o traçado foi alterado com uma nova chicane, o que representou um desafio adicional para todos, nomeadamente os que já conheciam a pista.
Por outro lado, o facto de ter uma prova do cada vez mais popular MotoE, foi um bónus adicional para um fim de semana altamente emotivo em que pilotos e equipas deram o seu melhor e o principal beneficiado acaba por ser o espetáculo de que todos os entusiastas, em presença ou à distância, acabam por beneficiar.
Começando pela MotoE, as motos Energica estão cada vez melhores… e mais rápidas, continuando sempre silenciosas! O lugar mais alto acabou por sorrir ao italiano Casadei da Pons Racing 40, seguido por Canepa, outro italiano, da equipa WithU GRT RNF MotoE Team. O pódio ficou fechado com o brasileiro Granado, da LCR E-Team, que é segundo no campeonato. O líder destacado na tabela de pontos, o suíço Aegerter, terminou num modesto oitavo lugar.
Na espetacular categoria Moto 3 o japonês Sasaki da Sterilgarda Husqvarna Max foi o primeiro a cruzar a bandeira do xadrez, sendo seguido por outro japonês: T. Suzuki da Leopard Racing (Honda). O pódio ficou fechado com o espanhol Muñoz da BOE Motorsports. O espanhol Garcia continua líder do campeonato, mas nesta prova ficou em 5.º
Na categoria Moto 2, última rampa antes da categoria rainha, o japonês Ogura da IDEMITSU Honda Team Asia foi o mais forte, seguido de muito perto pelo seu colega de equipa, o tailandês Chantra. O derradeiro lugar do pódio ficou para inglês Dixon da Zinia GASGAS Aspar Team. Na classificação global Ogura tem agora mais um ponto que Fernandez, ou seja, está tudo ao rubro!
Finalmente, na categoria rainha, o fim de semana não defraudou as expetativas, embora nem todos tenham ficado satisfeitos com os resultados finais, mas a competição também é isso!
O veloz Pecco Bagnaia da Ducati Lenovo Team ficou novamente com a vitória, mas teve que se empenhar a fundo para vencer o líder do campeonato e campeão em título, o francês Fabio Quartaro que ficou a menos de meio segundo. O último lugar no pódio, tal como na ronda anterior, pertenceu ao australiano Jack Miller da Ducati Lenovo. A nível da classificação geral não há grande alterações.
O “nosso” Miguel Oliveira não teve um bom fim de semana e logo frente ao país da sua equipa e numa pista que conhece bem. Iniciou a prova em 17.º e terminou num igualmente modesto 12.º. Talvez que a incerteza que rodeia ao seu futuro, agora ainda mais badalada com a hipótese de ir correr para a novíssima equipa GasGas, lhe esteja a dificultar a vida. Tem agora o mesmo número de pontos, 85, que Maverick Vignales que é 11.º
Até daqui a duas semanas para o Gran Premio di San Marino e della Riviera di Rimini, no Misano World Circuit Marco Simoncelli, onde voltaremos a ter a categoria MotoE. Esta prova vai coincidir com o Traveler’s Event, em Avis, onde contamos marcar presença para lhe contar tudo.
Texto: Pedro Pereira
Fotos: Motogp.com