O que mudou no dia 1 de setembro?
Ainda recentemente, no Travelers Event em Avis, a Revista MOTOS organizou uma tertúlia sobre estas matérias e veio à baila que os radares são uma gigante fonte de receitas. Por exemplo, os novos 37 radares, incluindo 12 radares de velocidade média, a operar desde aquele dia, tinham autuado cerca de 6.000 condutores em apenas 24 horas!
Mesmo imaginando que são todas Contraordenações Leves (certamente que não são), no valor de 60€ cada, significa algo como 360.000€, uma verdadeira mina de ouro para os cofres do estado.
Foi divulgado, ainda que sem confirmação oficial, que o investimento neste alargamento de radares custou ao erário público, (todos nós) próximo de seis milhões de euros. A avaliar pelo valor coletado no primeiro dia é previsível que o investimento seja rapidamente amortizado.
Todos nós sabemos que a velocidade excessiva pode ser perigosa e custar vidas, incluindo motociclistas, mas será apenas a repressão, mais ou menos encapotada, a única forma de tentar reduzir a sinistralidade? Os novos radares até estão à vista, mas será esta a única solução?
Já agora, terão sido ouvidas as diferentes partes interessadas na colocação destes radares? Em alguns casos de facto a sinistralidade era elevada nesses locais e pode ser que agora seja reduzida, mas noutros dá a impressão de ser pura “caça à multa” e a colocação dos radares é, no mínimo, questionável!