Alguns comentários
O Diogo, aquando da apresentação do seu pedido, já se percebia que a escolha não iria demorar. Sendo já titular da Carta A2 era só mesmo questão de ver qual a melhor moto dentro do seu perfil de utilização e gosto pessoal sendo que a CB650R fazia todo o sentido na escolha, tal como podia ter optado, por exemplo, pela Hornet CB750 Hornet e as Yamaha MT 07/Tracer 7, só para dar alguns exemplos.
Também a opção pela E-Clutch, que a Honda estreou exatamente nas suas CB650R e CBR650, faz todo o sentido já que transfigura bastante a condução, seja numa utilização mais citadina, seja numa condução mais empenhada numa qualquer estrada de montanha.
Mesmo numa condução com passageiro/a o aumento da suavidade é notória, tornando a condução mais divertida e prazerosa para ambos, o que é sempre um aspeto importante e o preço de 300€ acaba por ser justificável para a maioria das pessoas, como ocorreu com o Diogo.
Sendo uma moto nova e limitada de origem, é ainda mais normal que possa haver mais algum travão motor. Mesmo um funcionamento do motor a temperaturas mais elevadas tem a ver com a nova norma antipoluição (Euro 5+) e em que mais sensores e equipamentos catalíticos fazem aumentar a temperatura para garantir um nível de emissões mais reduzidos, o que é sempre algo positivo. Usando o equipamento adequado, nomeadamente calças e calçado, o calor sente-se muito pouco, mesmo no verão.
Tal como refere, já faltam menos de dois anos para poder dirigir-se à Honda e solicitar que o tetracilíndrico seja deslimitado e, nessa altura, possa revelar todo o seu potencial, em especial nas rotações mais elevadas. Afinal de contas, vão passar a ser 95 cv às 12.000 rpm em vez dos atuais 47 cv, também às mesmas 12.000 rpm.
Os próprios valores do binário vão ser diferentes. Agora tem às suas ordens 49 Nm às 9.500 rpm e depois o valor vai passar a ser de 63 Nm também às mesmas 9.500 rpm, valores que vão ajudar a uma condução mais divertida, quando chegar a altura.
Relativamente à rodagem, mesmo quando se ouvem muitas opiniões contrárias, alegando até que os motores já estão previamente rodados… deve ser cumprida e respeitada, até porque não é apenas o motor que necessita de “acamar”. O mesmo sucede, por exemplo, ao nível do sistema de travagem, das suspensões ou dos próprios pneus.
Tudo somado, tem uma moto com um elevado fator de diversão, mas em que os custos de manutenção e os consumos são relativamente contidos e que lhe vai permitir evoluir de forma gradual e aspirar a voos mais altos numa lógica de antes de aprender a correr, há que saber andar!
Agradecemos o facto de ter partilhado connosco a sua escolha e desejamos as maiores felicidades aos comandos desta Naked Neo Sports Café de uma raça quase em vias de extinção, com um visual marcante a que não são alheios os quatro coletores de destaque ou o farol estilizado.
Vá desfrutando da sua moto, das sensações e bons momentos que ela lhe proporciona, mas sem nunca descurar o equipamento de segurança e da importância de sermos todos agentes de segurança rodoviária, que fazem a sua parte para combater a sinistralidade rodoviária que teima em ter valores preocupantes, nomeadamente entre os jovens.
Por isso, dê sempre prioridade à segurança. A sua e a dos outros!