Alguns comentários
A diversidade é uma caraterística do ser humano. Muitos de nós, onde me incluo, são relativamente rápidos no processo de escolha de uma moto. Dias, algumas semanas, eventualmente um mês ou pouco mais que isso, mas o José agiu de forma diferente e o processo levou cerca de meio ano.
Foram seis meses, em que testou várias motos, certamente que leu tudo o que havia para ler, viu vários vídeos e só depois tomou uma decisão devidamente ponderada e assumindo, desde já, que o mais provável é ser uma decisão temporária. Ou seja, prevê daqui a algum tempo voltar a trocar, mas agora vai desfrutar da sua R 1200 GS que, certamente, lhe vai trazer muitas alegrias.
Falando agora especificamente da BMW R 1200 GS, não há como negar que é uma maxi trail muito completa e que apesar dos seus anos consegue manter o valor comercial de uma maneira que muitas outras marcas e modelos nem sonham. Verdadeiramente uma moto bem conseguida.
Como não tinha pressa, certamente que fez um bom negócio. A avaliar pelas fotos que amavelmente partilhou connosco, mesmo sendo uma moto com 10 anos o aspeto global é excelente. Além disso, vem com uma ótima dotação de equipamento. À vista saltam as três malas, as várias proteções ou os faróis auxiliares. Tudo elementos de conforto e/ou segurança e que, mais tarde, vão até acabar por ajudar na venda, além de tornarem a condução mais segura e confortável.
A BMW 1200 GS, que também já tínhamos apresentado numa das nossas crónicas A Moto do Leitor, resulta num pacote muito bem conseguido. Desde o início da sua comercialização, em 2005 e como uma evolução da 1150. A GS 1200 foi sendo sempre melhorada e mesmo quando chegou a sua sucessora, a GS 1250, a 1200 continuou a ser uma proposta muito válida. Mesmo agora, em que já existe disponível a GS 1300, continua a dar muito bem conta do recado, sendo que é possível encontrar exemplares em excelente estado e por preços mais acessíveis para o comum dos mortais.
A versão que o José acaba de comprar já é refrigerada por líquido e não apenas ar/óleo, sendo que os valores de potência e binário são de destaque: 125 cv às 7750 rpm e um binário também de 125 Nm às 6500 rpm, isto para um peso a partir de 238 kg e consumos facilmente abaixo dos 6 litros, desde que haja moderação no punho direito.
A própria opção pela versão normal em detrimento da Adventure, que adiciona em especial um tanque com mais capacidade de combustível, também faz todo o sentido e torna a sua primeira incursão nas maxi-trail numa escolha por uma moto mais ágil.
Uma moto pronta para as pequenas viagens do dia-a-dia, mas também para dar a volta ao mundo, com elevados níveis de conforto, ótimas performances e uma transmissão por veio que acaba por ser um descanso dada a reduzida manutenção e a elevada fiabilidade.
Notas finais
Tudo somado, depois de testar várias motos, o José tomou uma decisão que é um misto de razão e coração. Comprou aquela com que mais se identificou, sem esquecer também o lado racional e tendo presente que, previsivelmente, quando a vender daqui a algum tempo (segundo ele, cerca de três anos), a procura por este modelo vai continuar a ser alta.
Resta-nos agradecer o facto de ter decidido partilhar connosco a sua decisão e esperar que, a só e/ou acompanhado, desfrute muito desta sua nova companheira de duas rodas.
Contamos estar aqui para o ajudar novamente em 2027. Certamente que até lá o mercado nos vai oferecer muitas motos, talvez até com tecnologias revolucionárias e novos sistemas que vão permitir reduções nos consumos e melhorias na segurança, mas esperamos todos estar cá para ver nessa altura.