Ano novo, rubrica nova! Hoje damos início à nova série de crónicas “Que moto Comprar”. O objetivo é ajudar motociclistas que têm dúvidas relativamente à aquisição de uma nova moto. Tentaremos ajudar na escolha, tendo presente as vossas necessidades e gostos pessoais.
A abertura cabe ao José Figueiredo que levou à risca o nosso pedido de ser o mais detalhado possível na descrição do seu perfil de motociclista. Com tanta informação é mais fácil ajudar e conhecer um pouco mais do que efetivamente procura o José e perceber que alguma da pesquisa já foi feita.
Lembramos, uma vez mais, que o mail para envio dos vossos pedidos de ajuda é [email protected] e fica a promessa de ir dando resposta regularmente às vossas dúvidas.
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Procura-se uma sucessora para a Honda CBF 1000
“Sou o José Figueiredo, tenho 44 anos e sou de Carnaxide (Oeiras). Comecei com 14 anos a conduzir ciclomotores e só em 2018 tirei carta A. Comecei com uma Honda CB500, na altura tinha gosto por nakeds e era barata. Rapidamente percebi que não era o ideal para mim e em 2020 troquei por uma CBF 1000. Estou satisfeito com a moto, mas novamente senti que lhe faltavam algumas coisas.
Para o trabalho, vou de carro com a minha mulher. Quando os horários não coincidem, tenho uma Yamaha NMax 125 que uso para o trânsito de Lisboa.
Uso a CBF para os passeios de fim de semana, mas falta-lhe proteção aerodinâmica frontal e, por outro lado, fico com as costas curvadas. Ter 1,94 m de altura não ajuda.
Procuro uma substituta para a CBF, mas estou indeciso. Do que já consultei, identifiquei algumas possibilidades (BMW 12xx GS, KTM 1290 Super Adventure, Ducati Multistrada V2/V4, BMW S1000XR, BMW 12xx RT) mas sem certezas. Não faço viagens longas (vou ao Algarve e Viseu), mas planeio começar a ir ao Jerez (ver o MotoGP). O ano passado não fiz uma viagem aos Picos da Europa por receio do desconforto da CBF.
As minhas preferências:
Tem de ter uma boa proteção aerodinâmica (cansei-me de levar com o vento de frente quando andava de CB500);
Tenho de ficar com as costas na vertical (aqui, a BMW RT pode não ser o ideal);
O assento tem de ser confortável, mas é algo que se pode resolver com assentos “aftermarket” (tive de o fazer com a CBF);
Tem de ser confortável também para o passageiro.
Fatores opcionais
Não sou fã de velocidade, gosto de passeios, pelo que a potência do motor não é uma prioridade;
Não faço off-road, as minhas viagens são apenas em asfalto;
Não sou fã de motores bicilíndricos pelo som que fazem. Mas os bi e tricilindricos começam a ser o normal e terei de me conformar;
A estética não é relevante. Gosto de ver a S1000XR e a Multistrada, mas a minha decisão não será pela estética;
Não tenho preferência pelas caixas automáticas (experimentei uma Honda NT1100 DCT que não me convenceu).
Algumas notas
Pode ser moto usada;
Não pretendia ir além dos 15000€ mas posso ir até aos 20000€, se for justificável;
Não dou grande valor aos extras/tecnologia (cruise control, keyless, punhos aquecidos);
Como é para passeios de fim de semana, o consumo é irrelevante;
Não tenho urgência na troca de moto. Posso aguardar um ano ou mais.
Espero que me possam ajudar nesta decisão. Sei que os “test-rides” podem ajudar a esclarecer algumas questões, mas não se comparam à experiência de quem as conduz com regularidade, daí que o vosso “feedback” é bastante relevante para mim.
Obrigado!”