Alguns comentários
O Gonçalo, também por questões de natureza profissional, acaba por se tornar num utilizador regular da moto e ele próprio admite que esta lhe permite ganhar tempo, bem cada vez mais valioso nos dias que correm.
Para um uso exclusivamente urbano, uma 125 cc é praticamente imbatível. Pelos consumos, pela facilidade de condução, inexistência de IUC, seguro acessível, entre outros. Porém, quando começamos a fazer um uso mais alargado e a andar com passageiro(a) a 125 começa a tornar-se curta e se houver planos de viagens, então subir de cilindrada faz ainda mais sentido, com notórios ganhos na rapidez, conforto, segurança…
As motos de perfil trail, muito populares na atualidade, são uma escolha muito interessante, até para aqueles que não as pretendem usar fora do asfalto. Posição de condução mais direita e relaxada, proteção aerodinâmica, capacidade de carga são alguns dos seus atributos, a que não é alheia uma estética de estilo mais aventureiro. Gonçalo, Veja este comparativo, caso não tenha já feito e as dúvida do João Carlos.
A QJMotor SRT 700X assenta que nem uma luva nos seus requisitos e, como refere, tem uma série de atributos que fazem dela uma escolha muito equilibrada, sendo que o preço final de 7999€, já com as três malas, acaba por ser interessante, embora fique a faltar mais 500 ou 600€ para as respetivas despesas.
Equipada com suspensões Marzocchi, travões Brembo, iluminação full led e muito outro equipamento, tem um motor bicilíndrico paralelo de 698 cc, capaz de debitar 73 cv às 8500 rpm e um binário de 67 Nm às 6500 rpm, vai representar um enorme upgrade face à sua 125. Apenas o peso em ordem de marcha a rondar os 240 kg pode intimidar um pouco, mas é uma sensação que rapidamente se atenua.
Naturalmente que existem várias alternativas no mercado e referimos apenas três na perspetiva de alargar um pouco os seus horizontes, começando pela mais óbvia de todas e que até chegou primeiro ao mercado e tem conhecido um grande sucesso no nosso país.
A Benelli TRK 702 X é quase uma irmã gémea da SRT e mesmo as performances são aproximadas embora o valor de potência declarada seja ligeiramente inferior (70 cv às 8000 rpm) e o binário um pouco superior (70 Nm às 6000 rpm). A estética também é bastante inspirada e o preço (7890€, mais despesas) não difere muito, faltando saber da possibilidade de haver também ou não campanha para as malas.
A veterana Suzuki Vstrom 650A é também uma possibilidade, apesar de esteticamente parecer (e ser) bastante mais antiga que as duas propostas anteriormente apresentadas. A Versão XT, com raios, já foge ao seu orçamento, mas esta tem um preço de 7999€ mais despesas. Está equipada com um bicilíndrico em V a 90°, de 645 cc, capaz de debitar cerca de 70 cv às 8000 rpm e um binário de 69 Nm às 6400 rpm. O seu peso na ordem de 213 kg é um elemento importante a seu favor, tal como o comportamento do motor.
A Morini X-Cape 650 é outra possibilidade, agora que a marca renasceu em mãos orientais. Equipada com um bicilíndrico paralelo de 649 cc, debita 60 cv às 8250 rpm e 54 Nm às 7000 rpm. Pesa em ordem de marcha cerca de 233 kg e vem com muito equipamento de série. Custa a partir de 7490€ (há mais que uma versão), a que acrescem as inevitáveis despesas e pode depois ver com uma concessão da marca o custo das malas.
Quanto à possibilidade de aguardar pelas novidades de 2025, algumas já estão a ser apresentadas neste momento, mas a maior parte só deve chegar aos concessionários mais tarde, sendo apresentadas na EICMA em Milão. Ao comprar em 2025 pode haver é agravamento de preços e tem de perguntar a si mesmo durante mais quanto tempo quer manter a sua 125.
Notas finais
O mercado tem imensa oferta o que pode até tornar mais complexa a decisão, mas acaba também por abrir o leque de escolhas.
Arranje algum tempo disponível, teste todas estas motos e eventualmente outras nas quais não tenha pensado e envolva também a sua companhia habitual para encontrarem uma moto que, na medida do possível, agrade a ambos.
Naturalmente que a compra de uma moto já matriculada, mas recente e com poucos km’s pode significar uma poupança relevante, mas fica sempre a incógnita de se desconhecer o uso que teve, além de que pode haver pormenores, como a cor ou a dotação de equipamento, que não correspondem ao que procura. É uma escolha pessoal que têm de avaliar, caso apareça a oportunidade.
Quando tiverem decidido e tiverem nova moto, se desejar, partilhe qual foi a eleita e o que fez com a sua simpática 125.