As nossas sugestões
Em primeiro lugar, um obrigado à Sónia por nos apresentar a sua situação real. Cada vez é maior o número de mulheres que anda de moto e ainda bem.
Não vale a pena ignorar o óbvio: existem riscos ao circular de moto, mas toda a vida é um risco e se formos mais cautelosos os riscos são bastante mitigados, até porque os sorrisos e alegrias que as motos nos trazem não têm preço, além da redução de custos e dos ganhos de tempo!
Quanto aos riscos de a sua (futura) Vespa ser cobiçada e até valiosa, veja na positiva: pode ser uma forma gira de fazerem coisas em comum, talvez até pensar em adquirir um ciclomotor ou motociclo para os seus filhos como forma de responsabilização, autonomia e motivação. A Vespa é tão especial que até está exposta no MoMA (Musem of Modern Art) em Nova Iorque!
Focando-nos agora na escolha de uma Vespa aceite uma sugestão: tendo presente os seus gostos pessoais e orçamento disponível, compre uma Vespa o mais recente possível!
Esta sugestão deve-se a três fatores: economia, em especial no que aos consumos diz respeito, a comodidade superior graças, por exemplo ao arranque elétrico. Por último, as melhorias em termos de segurança, caso do ABS e até em aspeto menos óbvios, caso da iluminação.
A Vespa acaba por ser um verdadeiro ícone, uma fora de arte e a representação no estado mais puro de uma Itália renascida nas cinzas da Segunda Guerra mundial, a par da Lambretta, sendo que a primeira representava um modo de vida mais urbano e cosmopolita, com a casa mãe em Roma. Já a segunda, com a base de operações em Milão, era mais ligada ao meio rural e a marca foi definhando, sendo que na atualidade há uma tentativa de a fazer renascer.
Quanto a sugestão de modelos a comprar, vai depender muito dos seus gostos pessoais, mas procure um exemplar que goste, se possível, com baixa quilometragem e, melhor ainda, se comprar num stand, que tenha a obrigatória garantia de 18 meses. Na prática, se fosse um veículo novo, seria de 36, mas sendo usado pode ser 18, por mútuo acordo.
Naturalmente que a existência de extras deve ser valorizada, mas dentro do razoável. Um para-brisas ou uma top-case não só melhoram a condução como podem facilitar muito o transporte de alguma carga, se for caso disso.
Naturalmente que ao conduzir um veículo cheio de charme e encantos vai passar a chamar mais a atenção do que quando circula, por exemplo de automóvel, mas faz parte da magia da Vespa.
Não considerando a Elletrica, por causa do preço, ou edições mais exóticas como a Dior ou a Mickey Mouse existem modelos diferentes, mas com notáveis semelhanças e deve ser por aqui que passará a sua escolha:
A Primavera 125 de aspeto mais retro, que vai ao encontro das primeiras Vespa;
A GTS 125 mais luxuosa e requintada;
A Sprint 125 com um look mais jovem e desportivo;
A GTV 125 versão mais pequena e ágil da 300 cc.
Em todas elas vai encontrar um motor a quatro tempos económico e robusto, médias facilmente abaixo dos três litros, um nível aceitável de conforto e todo o charme e magia de uma Vespa.
Ainda uma derradeira sugestão: não facilite no equipamento de proteção. O obrigatório na legislação nacional, erradamente, é apenas o capacete, mas é manifestamente pouco!
Boa escolha.