A semana passada previa-se uma redução significativa no preço dos combustíveis, mais pronunciada na gasolina, mas o agravamento da carga fiscal por via do “descongelamento” da taxa de carbono por tonelada de CO2 fez com que o gasóleo mantivesse o preço e a redução na gasolina fosse menor.
Conhecem a sensação do “déjá vu” ou “já vi este filme?” Vai ser assim novamente por causa de um novo agravamento fiscal, com o mesmo argumento. Vai ser o terceiro em cerca de um mês. As previsões e os dados fornecidos pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e pela Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) apontavam para uma redução nos preços da gasolina e do gasóleo, mas essa diminuição volta a ser “devorada” pela carga fiscal.
Relativamente ao valor final da gasolina simples (95 octanas), tudo aponta para preço um médio por litro a rondar os 1,65 euros, considerando que a descida prevista, superior a um cêntimo, é anulada por completo pelo agravamento fiscal e o preço final pode até subir ligeiramente.
Relativamente ao gasóleo simples, é previsível que o preço se mantenha ou, se descer, a queda seja inferior a um cêntimo, exatamente pelo mesmo motivo. Se assim for, significa um preço médio de 1,54 euros por litro.
Confirmando-se esta previsão, na próxima semana, o fosso no preço médio entre os dois combustíveis passa a ser de onze cêntimos por litro.
Estes três agravamentos da carga fiscal, vai taxa de carbono, representam já um impacto no preço final de cerca de 7,5 cts no gasóleo e 7 cts na gasolina.
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