Como prometido a semana passada, nesta voltamos a ter mais um nome masculino de alguém que bem conhecemos e há muitas décadas, com um papel intenso como modelo, na televisão, cinema, teatro, publicidade e, como não podia deixar de ser, também nas motos.
De seu nome completo Paulo Manuel Gonçalves Pires, mas conhecido simplesmente por Paulo Pires, é um daqueles casos em que a idade parece não passar por ele e continua a fazer suspirar muitos corações, tal como fazia há 10, 20 ou 30 anos!
Nasceu em lisboa a 26 de fevereiro de 1967, é agora um jovem com 57 anos, ninguém diria, e começou a sua carreira como modelo por volta dos 20 anos. Daí saltou para o cinema, televisão, teatro e nunca mais parou, nem tem dado sinais de abrandar.
Apesar de ser famoso, de ter trabalhado nas passerelles em Tóquio, Londres, Milão ou Paris, Paulo Pires é um homem bastante discreto e que tem sabido resguardar bastante bem a sua visa pessoal. Mesmo no amor, ao contrário do que é muito comum no meio artístico, o ator tem uma longa relação com a modelo e psicóloga Astrid Werdnig, estando casados desde 2000 e têm duas filhas em comum: Chloe e Zoe.
Já a ligação de Paulo ao mundo das motos não é assim tão conhecida, e não é à toa que continua a proteger a sua vida pessoal, mas ela existe e ainda bem e o próprio Paulo vai mostrando alguma coisa nas suas redes sociais!
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A vida é feita de acasos
Ao que consta, a sua ligação ao mundo da moda só começou depois dos 20 anos. Estava a cumprir o Serviço Militar Obrigatório e foi levado por um amigo à agência Central Models. Calcula-se que a sua prioridade, depois de sair da tropa, fosse ligada às artes ou à realização de cinema, mas a vida trocou-lhe as voltas e ainda bem!
Com 1,86m de altura, um rosto encantador e um sorriso maroto a vida começou a mudar e com muito trabalho e persistência os resultados começaram a surgir e não apenas como modelo. No ano de 1996 protagonizou o filme “Cinco Dias, Cinco Noites” de José Fonseca e Costa e o seu talento, associado a uma magnífica presença física começaram a dar nas vistas.
Uma soberba adaptação ao cinema do romance homónimo de Manuel Tiago, pseudónimo de Álvaro Cunhal (1913-2005), sobre a odisseia de um jovem em fuga que, nos finais dos anos 40, se vê obrigado a passar a fronteira a “salto” na companhia do contrabandista Lambaça, papel que é desempenhado por outro grande ator e motociclista que aqui também já apresentámos: Vítor Norte.
Pelo menos o trailer é obrigatório ver, mas o filme é muito interessante e ajuda a perceber melhor um pouco da vida em Portugal numa fase bastante complicada, em plena ditadura:
Daí para a frente começam a surgir novos trabalhos no teatro e na televisão, incluindo a participação, também ainda iniciada em 1996, na novela brasileira Salsa e Merengue, onde é Vasco, um português no Brasil.
A novela foi escrita por Miguel Falabella e com direção de Wolf Maia. Paulo Pires, um jovem com 29 anos é Vasco, sobrinho de Bárbara, personagem interpretada por Rosamaria Murtinho, que vem ao Brasil para ajudar a tia após a morte de seu marido, Guilherme, papel de Walmor Chagas.
Vasco é disputado, para usar um eufemismo, por várias mulheres, dada a sua beleza natural e até algum exotismo e isso gera cenas muito engraçadas, mas no final acaba por ficar com Adriana e juntos passam a viver de golpes e esquemas.
Curioso como o seu primeiro papel na televisão, depois de vários desempenhos no cinema no teatro em Portugal, acabou por ser numa telenovela brasileira, mas daí para a frente o seu talento e reconhecimento em terras lusas explodiram, liberalmente falando, sendo que logo em 1997 ganhou o Globo de Ouro para o Ator Revelação, atribuído pela SIC e, recentemente, até colaborou com a Netflix na série White Lines.