Barb Wire, 1996
Neste filme, que foi traduzido em Portugal para “Bela e Perigosa”, Pamela tem um desempenho magistral, mostrando nitidamente as suas qualidades de motociclista enquanto conduz uma Triumph Thunderbird 900 ou uma Triumph Tiger 900, embora no filme se vejam muitas outras motos.
Com direção e produção, respetivamente de David Hogan e Brad Wyman, a ação ocorre em 2017, ou seja, uns 20 anos mais à frente, durante a Segunda Guerra Civil nos Estados Unidos que, felizmente, nunca veio a acontecer. Pamela é Barb Wire, a sensual proprietária de um clube noturno (Steel Harbor), função que acumula com a de caçadora de recompensas, nas horas livres.
Além disso, tem também de cuidar do seu irmão. Porém apesar de todos os seus esforços, Barb tem uma predisposição natural para se meter em problemas, incluindo ajudar um ex-namorado, acabando por se envolver numa série de confusões e a ter de lutar pela própria vida contra inimigos perigosos, num ambiente mais ou menos futurista e hostil.
O filme não foi um grande êxito de bilheteira, mas também não chegou a ser um fracasso, além de que serviu para mostrar que Pamela tinha bastante talento e interpretou magistralmente o papel de aventureira fatal, mas fiel aos seus ideais, sendo que parte das cenas de ação são interpretadas por si e não por duplos. Um filme que vale a pena (re)ver.
Borat, 2006
Neste filme não temos Pamela a andar de moto, mas temos uma cena fantástica em que ela, numa sessão de autógrafos, é convidada por Borat (Baron Cohen), que tem uma paixão obsessiva por ela, a ficarem e irem juntos para o Cazaquistão, país natal do intrépido jornalista/realizador.
A cena, que dura pouco mais de dois minutos, é de ir às lágrimas com tanto rir! Borat quer, à viva força, enfiar Pamela num “saco matrimonial” e depois pegar nela e regressar ao seu amado país, depois de fazer uma série de reportagens mais ou menos insólitas pelos Estados Unidos.
O filme, que mistura comédia, com crítica de costumes e até drama é de um humor corrosivo e não do agrado de toda a gente, mas foi um tremendo sucesso e não apenas nos Estados Unidos, mas um pouco por todo o mundo. O subtítulo do filme diz quase tudo “O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América”.
Consta que, curiosamente, precipitou o fim do casamento de Pamela com o músico Kid Rock. Parece que ele odiou o filme e o desempenho da mulher no mesmo. Como se não bastasse, Pamela também se magoou durante as filmagens, luxação do maxilar. A cena que a seguir se reproduz mostra bem o talento da atriz e o lado cómico e satírico do filme:
Atualmente a atriz está mais calma ou pelo menos mais distante dos tabloides, dedicando-se nomeadamente a causas humanitárias como a proteção dos animais, mas continua a ser um vulcão, capaz de nos surpreender a qualquer instante, como fez ao longo da sua vida.
Esperamos que tenham gostado desta viagem, em especial as pessoas para quem Pamela foi e continua a ser um verdadeiro ícone.