Um exemplo positivo
Recentemente, num domingo de manhã, fui dar uma volta com um grupo de amigos. Eram cinco motos, de diferentes tamanhos, estilos e feitio. havia o denominador comum de todos partilharem o gosto por passeios matinais, aliados à boa mesa.
Em plena Serra da Arrábida, um dos locais mais emblemáticos da Costa Portuguesa e de beleza ímpar, estava uma operação STOP da Guarda Nacional Republicana (GNR). Era destinada exclusivamente a veículos de duas rodas, além de triciclos e quadriciclos.
Todos os veículos eram controlados e nós não fomos exceção, mas aqui tenho de dar “o braço a torcer” pelo comportamento e atitude desta força de segurança.
Logo para começar, fomos abordados de forma cordial e afável, sendo que a todos foram pedidos os documentos pessoais e dos motociclos, nada havendo a assinalar neste quesito.
Por outro lado, todos os guardas que nos abordaram mostraram ter algum conhecimento do mundo das motos, a ponto de não “implicarem” com a existência de top-case, proteções laterais (vulgo crash-bars), ecrãs mais altos que os originais ou indicadores de mudança de direção (vulgo piscas) de pequena dimensão.
Uma das motos que tinha um escape não original e apenas verificaram que tinha o sistema de redução de ruído instalado (vulgo db-killer) e não levantaram mais questões. Alertaram apenas que se não estivesse instalado seria coima na certa.
Nota ainda de destaque para uma moto em que as luzes de cruzamento (vulgo médios) não estavam a funcionar (devem estar sempre ligadas), tendo apenas ativas as luzes de curva (cornering light). O próprio condutor não se tinha apercebido do facto e, com a ajuda do guarda, tentaram ver se era possível alterar as configurações para que ficassem acesas, mas não foi possível. Ainda assim, não foi autuado, sendo apenas avisado para ir verificar o que se estava a passar, o mais rápido possível.
Em resumo, numa altura em que se discute o mais que provável início das Inspeções Obrigatórias para Motociclos (IPO) e ainda desconhecemos uma série de detalhes sobre a matéria, é de louvar a atitude destes agentes da autoridade.
Só resta dizer, operações STOP como esta, pois que venham mais!