Novo propulsor
A principal melhoria encontra-se no seu propulsor 525, que viu o seu interior ser revisto a fundo para alcançar o melhor rendimento do mercado no segmento A2-35 kW. As cotas internas do bicilíndrico em linha foram atualizadas para umas dimensões ‘quadradas’, o que acontece com o diâmetro dos pistões e o seu curso se igualam, neste caso, a 68 mm. Com isto, a cilindrada do motor aumenta desde os 471 cc do seu antecessor para os 494 cc, conservando a sua característica cabeça de quatro válvulas com duas árvores de cames, ainda que completamente revista com diferentes condutas, válvulas, distribuição e uma taxa de compressão que cresce dos 10,7 para 11,5:1. Também as relações da sua caixa de seis velocidades foram adaptadas às novas características do motor.
Todas estas alterações não afetem o aumento da potência máxima, logicamente por o modelo ser dirigido principalmente ao público com carta A2, limitada a 35 kW ou 47,6 cv. Contudo, o facto é que recebeu um notável aumento do binário máximo. Atinge agora os 44,5 Nm, com uma curva de entrega linear desde os baixos regimes, complementada com dois modos de condução, Standard e Sport. Para além disto, inclui controlo de tração (TCS) desconectável e embraiagem deslizante.
A nova trail adventure reforça o seu comportamento em pisos de terra com jantes de raios de 19/17 polegadas, calçadas de série com pneus tubeless (sem câmara de ar) Metzeler, de estrutura radial e com seções de 110/80 no trem dianteiro e de 150/79 no traseiro.
O procedimento habitual da Voge em empregar componentes de marcas de topo também se estende às suspensões. Conta com uma forquilha invertida e regulável de 41 mm com 150 mm de curso e fornecida pela casa japonesa KYB, juntamente com um monoamortecedor também regulável e da mesma marca, com funcionamento progressivo, conseguido pelas bielas entre a fixação inferior e o braço oscilante em alumínio.
No que respeita a travões, confia-se num conjunto de duplo disco dianteiro de 298 mm e um traseiro de 240 mm, mordidos em ambos os casos por pinças flutuantes japonesas Nissin de pistão duplo e simples, respetivamente. Completa a dotação do sistema de travagem um modulador ABS com três níveis de intervenção. É desconectável na roda traseira, para se adaptar aos diferentes terrenos a que se dirige a 525 DSX,
O desenho da nova Voge 525 DSX impressiona desde o primeiro olhar por uma envergadura que aparenta pertencer a um motor de maior cilindrada, acompanhada por uma típica zona frontal de estilo ‘africano’ com um guarda-lamas dianteiro tipo ‘bico de pato’ e ecrã regulável em duas posições de altura. O seu grande tamanho contrasta com uma altura do assento ao solo de apenas 830 mm que, juntamente com o depósito estreito na zona da zona da sua união com o assento, permite ao condutor chegar ao solo apoiando-se com ambos os pés.