O Campeonato Nacional de Velocidade 2025 arrancou no passado fim de semana, com o Sol a brindar dois dias repletos de corridas no Circuito do Estoril, incluindo o Campeonato do Mundo de Sidecar.
O Circuito do Estoril foi, uma vez mais, o palco escolhido para o arranque de mais uma temporada do Campeonato Nacional de Velocidade, uma jornada que acolheu também a 2ª prova do Mundial de Sidecars. Com dois dias de corridas e de calor, foram 69 os pilotos inscritos para as corridas do CNV, distribuídas pelas competições de Superbikes, Superstock 600, Supersport 300, Pré-Moto3, Naked Bikes, Moto4, Moto5 e Copa Dunlop Motoval.

No primeiro dia, as motos da classe rainha, as Superbike, alinharam em conjunto com as Superstock 600 e ambas as classes da Copa Dunlop Motoval (CDM1 e CDM2), enquanto, no domingo, se realizou uma corrida para SBK com as CDM2 e outra onde alinhavam as Superstock 600 com as CDM1.
Em ambas as corridas de SBK o destaque foi para Sheridan Morais, que somou vitórias nos dois dias, aos comandos de uma Ducati Panigale V4 R.
O conceituado piloto luso sul-africano, que recentemente se viu afastado das 24 Horas de Le Mans devido a uma lesão sofrida nos treinos para aquela clássica da Resistência, foi dado como apto e pode alinhar para a prova do CNV, competição que irá integrar o seu programa para a presente época, desde que não coincidindo com as provas do Mundial de Resistência (com a Motobox Kremer Yamaha) e do IDM, Campeonato Alemão de SBK, onde participará com esta Ducati do Mawiki Racing Team.

No sábado, o Campeão Nacional Ricardo Lopes (Honda) deu viva réplica a Sheridan Morais, liderando até à antepenúltima volta, altura em que o piloto da Ducati demonstrou uma grande ponta final, passando a liderar para vencer com 3,9s sobre Ricardo Lopes, com Miguel Romão (Yamaha) em 3º lugar. Martim Jesus (Honda) foi 5º da geral atrás da SBK de Afonso Cruz e estreou-se nas STK600 com uma vitória, batendo as Yamaha R6 de Vítor Silva e Rui Afonso. Vasco Silva (Yamaha) foi o melhor na classe 2 da Copa Dunlop Motoval e Wagner Pederneira venceu na CDM1.
No domingo, Ricardo Lopes e Miguel Romão envolveram-se num incidente que ditou o abandono de ambos, deixando Sheridan Morais à-vontade para vencer de novo, batendo Daniel Coelho (Honda) por larga margem. Terceiro da geral, Ricardo Rodrigues (Yamaha) venceu as CDM2, à frente da Ducati (CDM2) de Pablo Cameselle e da Yamaha (SBK) de José Gafenho.
Na corrida destinada às STK600 e classe CDM1 da Copa Dunlop Motoval, Martim Jesus dominou amplamente, batendo com margem dilatada a primeira moto de CDM1, a Kawasaki de Wagner Pederneira. Vítor Silva e Tomás Silva, ambos em Yamaha R6, completaram o pódio de STK600, enquanto Tiago Pires (Honda) e Manuel Teixeira (Kawasaki) faziam o mesmo entre as CDM1.

As Supersport 300 dividiram a pista com as Pré-Moto3, com Afonso Almeida e Alexandre Cabá (ambos em Honda Pré-Moto3) a serem os mais rápidos à geral em ambos os dias, sempre seguidos pela melhor das SSP300, a Kawasaki de Vasco Camoesas. Tiago João (Motochanics) e Frederico Guimarães (Honda) alternaram no 3º posto das Pré-Moto3, respetivamente no sábado e domingo, enquanto Martim Garcia (Kawasaki) e Lourenço Vicente (Kawasaki) acompanhavam sempre Vasco Camoesas ao pódio das SSP300, por esta ordem.
Nota ainda para a presença nesta corrida de dois dos nossos ‘mundialistas’, Tomás Alonso e Madalena Simões, que alinhavam aqui com motos a título experimental, não contando para a classificação. No caso de Tomás Alonso, estreava-se uma CF Moto 675R, que poderá ser um dos modelos a figurar na futura classe que virá substituir as SSP300 na próxima época; já Madalena Simões alinhava com a Yamaha R7 com que corre no WCR – Mundial Feminino, aproveitando para rodar e ganhar experiência com a sua montada.
Nas duas corridas do Campeonato Nacional de Naked Bikes, os Campeões em título das classes NB1 e NB2, respetivamente Duarte Amaral (BMW) e Frédéric Bottoglieri (Triumph) fizeram valer as suas credenciais e venceram em ambos os dias. Nota para a presença de Fernando Neto, jornalista convidado pela Honda que regressou às pistas para alinhar com uma Hornet 750 que era presença isolada na classe NB3, esperando-se em breve mais presenças nesta classe que é a mais acessível da competição dedicada às Naked. Luís Franco (BMW) foi sempre segundo em NB1, com João Curva e Ricardo Almeida, ambos também em BMW S1000R, alternaram no 3º posto. Em NB2, Marcos Leal (Kawasaki) também foi segundo nos dois dias, com Augusto Machado em 3º lugar no sábado e Luís Soares (Triumph) em idêntica posição no domingo.
Finalmente, nas corridas que agruparam as Moto4 e Moto5, Tomás Carneiro (Beon) e Gonçalo Santos (MIR) foram sempre os dominadores, por esta ordem, à geral e na classe Moto4, enquanto Tomás Santos vencia em ambas as ocasiões em Moto5, no sábado batendo Diego Ribeiro e Tomás Canarias e, no domingo, à frente de Canarias e João Cancelinha.
Com duas emocionantes corridas disputadas no domingo, foi a dupla suíço-germânica composta por Markus Schlosser e Luca Schmidt a vencer a corrida da manhã pela escassa margem de 0,04s, batendo na estirada final os campeões em título, o par anglo-francês Harrison Payne / Kevin Rousseau. Estes acabaram por vencer a corrida da tarde beneficiando de uma saída de pista dos seus rivais quase no final de mais um grande duelo.
O Campeonato Nacional de Velocidade regressa para a sua segunda jornada a 24 e 25 de maio, novamente no Circuito do Estoril.