Depois de termos apresentado o popular e muito acarinhado ator Marco Costa, esta semana trazemos até vós alguém muito especial, com uma forte e indelével ligação à música e à dança. Mastiksoul, cujo verdadeiro nome é Fernando Figueira, é a personagem da semana.
Nasceu a 7 de abril de 1977 e é um jovem e carismático quarentão, nascido em Angola, cheio de boa energia e simpatia, sobretudo nos seus espetáculos ao vivo em que consegue contagiar milhares de pessoas. Músicas como Gasosa, Tou na moda, Dança do Bumbum ou Estraga são verdadeiros sucessos dentro e até fora de Portugal e já ganhou imensos prémios.
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Queda natural para a música
Fernando Figueira veio ainda muito jovem para Portugal por cá ficou, sendo que a música entrou muito cedo na sua vida, quando ainda era criança, por via do breakdance, muito popular na década de 80.
Os próprios irmãos tinham um grupo de breakdance e o muito jovem Fernando chegou a fazer parte dele e mostrou ter dotes de bailarino, mas iria ser esse o seu futuro, embora tenha servido para perceber que a música lhe corria no sangue, em boa medida também pelas suas raízes africanas que, mesmo na atualidade, continuam bem presentes.
Contado pelo próprio, no início dos anos 90, ainda muito jovem, participou numa das primeiras grandes raves em Portugal e a experiência acabou por o marcar profundamente, a ponto de, em pouco tempo depois, perceber que poderia ser esse o seu caminho.
Ser Dj não era suficiente e Fernando toma uma decisão radical: vai para Inglaterra, para aprender com os melhores e quando, anos mais tarde, regressa, já é um homem diferente e não é apenas mais um Dj, mas é antes músico, produtor e, por fim, Dj.
Fruto de muito trabalho e empenho, criatividade e genialidade eis que os resultados surgem naturalmente, tal como os prémios e o reconhecimento do grande público e da crítica, que sente as boas vibrações da sua música e o seu génio criativo, sendo que muitos dos seus trabalhos começam a ser feitos em associação com muitos músicos e bailarinos conhecidos.
Nomes como o de Bob Sinclair, Anselmo Ralph, Josslyn, Afro Bros, Los Manitos, Blaya, Shaggy, Pit Bull, Laton ou Mariza são apenas alguns exemplos das muitas pessoas com quem tem vindo a trabalhar e os resultados surgem naturalmente, sendo que a sua música, nomeadamente a eletrónica, está atualmente um pouco diferente, talvez mais amadurecida.
Um dos maiores nomes lusos na dance music e house music (há muita gente que pensa que não é português) tem um extenso número de prémios ganhos, o que reforça a sua importância no panorama da música nacional. São os casos de Melhor Remix do Ano e Melhor Produtor de House, em 2008, Prémio Carreira, em 2009 e Melhor Produtor de House, nos Noite PT Awards, em 2010, entre outros.
E as motos?
Esta é uma facete menos conhecida da vida do músico, mas nem por isso menos importante e que começou bem cedo na vida do jovem Fernando, ainda em criança, quando andava de bicicleta, já fingia que eram motos!
A sua primeira máquina verdadeira foi uma icónica Casal Boss! Depois seguiram-se as de motocross, mesmo sem ter habilitação legal para o efeito e desfrutava pelos montes e vales com elas! Incluindo uma Honda CR 500! Uma verdadeira fera!
Depois veio uma Honda CBR 600 e nunca mais parou, a ponto de andar praticamente sempre de moto, incluindo nas suas saídas noturnas com os amigos, algumas concentrações e passeatas de fim de semana ou viagens sem destino…
Chegou, inclusivamente, a fazer parte dos grupos que faziam os célebres “picanços” em lugares nada recomendáveis, como a 2.ª Circular, em Lisboa, algo completamente impensável hoje e com riscos muito elevados…
Sem ser grande adepto das velocidades, foi descobrindo que a sua verdadeira paixão era o binário, a potência em baixas e motores mais redondos e cheios, sendo que a Suzuki GSXR 1000 foi a próxima eleita, mas também ainda não era essa que lhe iria conquistar verdadeiramente o coração!
O estilo mais chopper veio com uma Harley-Davidson, mas nunca conseguiu resistir ao chamamento do off-road e ainda há bem pouco tempo tinha também uma Honda CRF 450, mas já com mais consciência dos riscos e evita os exageros.
A sua HD é uma moto muito especial e bastante modificada, mas o facto de ser bastante ruidosa convida a que não faça demasiadas aventuras com ela, evitando até vir nela para Lisboa. É o seu estilo, mas o ruído pode ser mesmo um problema e não convém abusar, até por questões legais.
Além disso, a sua HD não é uma moto adequada para grandes viagens, até porque tem várias modificações, até ao nível de suspensões ou do selim, reduzindo drasticamente o conforto. Perfeita apenas para viagens curtas e para curtir só de olhar para a moto. Ao verdadeiro estilo de Mastiksoul.
E daqui para a frente?
Mastiksoul tem estado a abraçar sempre novos projetos e desafios, mas nos últimos tempos tem tido algumas complicações ao nível da saúde que lhe retiram alguma capacidade de trabalho e de abraçar novos projetos. Certamente que vai recuperar a 100% e ficar ainda mais forte e cheio de boas vibrações que antes.
Além disso, à medida que os filhos são crescendo, é de prever que lhes vá passando não só a paixão pela música, mas também pelas motos! Ou seja, é de prever que “filho de peixe sabe nadar e andar de moto!”
Terminamos a crónica com uma feat com Filipe Gonçalves em “Somos Gigantes”. Imperdível e até capaz de causar arrepios, mesmo a quem não gosta de futebol ou da nossa Seleção (certamente que serão poucos):
