De seu nome completo Luís Augusto Esparteiro Lopes da Costa, mas conhecido simplesmente como Luís Esparteiro, é uma daquelas caras sem as quais já não passamos. Afinal de contas, são mais de quatro décadas a encantar-nos no teatro, no cinema e, sobretudo, na televisão.
Nasceu em Coimbra a 8 de abril de 1959, tendo atualmente a bonita idade de 65 anos, mas certamente que não pensa em reformar-se! Há ali demasiado talento e energia para pensar nisso, apesar de já ser avô na vida real…
Aos 10 anos veio estudar para o Colégio Militar em Lisboa e depois enveredou por estudar Medicina, mas o seu futuro estava destinado a ser outro que não médico: o teatro, a televisão e a representação acabaram por tomar conta da sua vida e ficaram para trás os planos da pediatria…
A sua chegada ao mundo do teatro aconteceu como ator na companhia de teatro de Henrique Santana, tendo participado nas comédias O Meu Rapaz é Rapariga, Um Fantasma Chamado Isabel, Boeing-Boeing, tudo isto na década de 80.
O estrelato esse chegou com a participação, magistral, na primeira novela portuguesa. Habituados há vários anos às produções brasileiras, a chegada de uma produção nacional foi um marco. Havia um público ávido de uma novela nacional e Vila Faia não desiludiu, nem o jovem Esparteiro.
Na novela ele é Manuel, o jovem de “bigode farfalhudo”, encarregado dos fornecimentos das uvas para a empresa Marques Vila e Filipe. Ali contracena com monstros sagrados da representação como Nicolau Breyner, Vítor Norte, Rui de Carvalho, António Feio, Nuno Homem de Sá, Ana Zanatti ou Rosa Lobato Faria, entre muitos outros.
Foi esta a sua grande rampa de lançamento, apesar de a novela ter durado menos de um ano (100 episódios), o facto é que foi um tremendo sucesso e deu ao jovem Luís a oportunidade de aprender com os melhores e, de seguida, ser chamado para trabalhar para novela Gente Fina é Outra Coisa ou ao lado de Nicolau Breyner em “Eu show Nico” e também Euronico.
Rapidamente tornou-se imparável e à medida que os anos foram passando assumiu cada vez maior protagonismo, desempenhando uma enorme diversidade de papéis, sobretudo na televisão, ambiente onde sempre se sentiu como um peixe na água, embora também tenha algumas participações no cinema, como Os Mutantes, realizado por de Teresa Villaverde.
Vale a pena ver ao menos o genérico de Vila Faia. Afinal de contas, recordar também é viver!
Veja também: Paulo Pinheiro: engenheiro, ex-piloto, empresário, CEO do AIA, pai e motociclista