Enquanto pelos trilhos da serra algarvia alguns elementos da Comissão de Mototurismo da Federação de Motociclismo de Portugal fazem uma última verificação detalhada do percurso, outros, em Chaves, preparam tudo para receber os participantes do 10.º Portugal de Lés-a-Lés.

A grande aventura que, de 1 a 4 de outubro, liga Trás-os-Montes ao Algarve, numa desafiante travessia por todo o tipo de caminhos, um passeio em modo turístico e sem qualquer espírito competitivo ao longo de pouco mais de 900 quilómetros. No caminho até Lagoa, tempo para as paragens em Penamacor e Reguengos de Monsaraz, atravessando paisagens bem diversificadas como diferentes serão os pisos a ultrapassar, com promessas de grande diversão e espaço para grande convívio e sã camaradagem.
Será o regresso de uma caravana colorida e heterogénea a terras flavienses, onde foi dada a partida para o Lés-a-Lés Off-Road em 2016, mas também o arranque da versão de estrada em 2003 e 2021 bem como o seu final em 2020, além da passagem, já este ano, da edição estreante do Lés-a-Lés Classic. Para começar, lugar às Verificações Técnicas, a partir das 15 horas de quarta-feira, dia 1 de outubro, no Estacionamento das Termas, mesmo por detrás do Hotel Premium Chaves Aquae Flaviae, onde funcionará o ‘quartel-general’ da organização.
E de onde, desde as 7 horas do dia 2 de outubro (quinta-feira), serão dadas as partidas para a primeira etapa, com 334 km marcados pela conhecida exigência técnica e dureza dos percursos no norte do País, até Penamacor. Um trajeto que sofreu alterações por força das limitações de circulação nos vinhedos da Região Demarcada do Douro, nomeadamente na zona do Pinhão, bem como devido aos recentes incêndios entre Tabuaço e Celorico da Beira.
Um flagelo que preocupa todos os motociclistas e que voltará a motivar o empenho conjunto de todos na mais correta recuperação das áreas ardidas, com a 7.ª campanha de sensibilização Reflorestar Portugal de Lés-a-Lés. Uma ação que promove um apoio efetivo e no terreno à adequada reflorestação dos locais afetados, para que todos os Portugueses possam desfrutar das belíssimas paisagens e do ar puro no nosso País, contribuindo para manter uma grande diversidade natural.
Atitude louvável que junta a responsabilidade social dos motociclistas ao prazer de descobrir novas paisagens e locais únicos e que torna ainda mais entusiasmante uma aventura que se quer de superação pessoal num ambiente descontraído e de grande companheirismo. Serão entregues centenas de árvores autóctones a algumas das regiões mais afetadas pelos recentes incêndios, alertando para a necessidade da reflorestação correta e mais adequada para cada região do País, reforçando a aposta da iniciativa lançada em 2017.