Nas décadas seguintes
Daí para a frente Herman tornou-se verdadeiramente imparável, fruto também de uma incansável capacidade de trabalho e de uma criatividade que parece, mesmo hoje, não ter limites!
Em 1980 participa no programa O Passeio dos Alegres, emitido nas tardes de domingo da RTP1, com Júlio Isidro. É aí que aparece a personagem Tony Silva “O criador de toda música Ró”. Uma sátira magnífica na personagem de um “arrebata corações”, latino-romântico de brilhantina e lantejoulas, que conquista o grande público.
Em 1983 lança o Tal Canal que se revela mais um estrondoso sucesso da RTP e logo no ano seguinte volta com Hermanias onde dá corpo à personagem intemporal José Estebes, cronista de futebol, com ar cómico e embriagado. Os menos jovens certamente que se recordam do “Vamos lá cambada”, com letra do genial e muito saudoso Carlos Paião:
Também é na década de 80 que se começa a dedicar mais à rádio e é um sucesso em diversos de várias rádios como a TSF, a Rádio Comercial ou a Radiodifusão Portuguesa. Herman é verdadeiramente imparável e a década seguinte confirma isso mesmo!
Durante vários anos apresenta o programa “Parabéns” que convida várias individualidades e se revela um sucesso, a ponto de ser agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito a 10 de junho de 1992, pelo Presidente da República Mário Soares.
Em 1994, no último programa do concurso “Roda da Sorte” realiza mais um dos seus momentos alucinantes. Daqueles que há quem adore, mas que lhe fizeram ganhar também ódios de estimação: destrói o estúdio a tiros de caçadeira! Hasta la vista, como um Exterminador Implacável!
Depois de acabar “Parabéns” surge com a sua “Herman Enciclopédia” (1997) onde lança mais uma personagem magnífica e que encarna uma época: o Diácono Remédios!
Com o novo milénio muda-se para a SIC e lança o programa talk-show HermanSIC. Mais um resultado brilhante, a que não foi alheio o facto de ter uma equipa de atores muito talentosa constituída por Maria Rueff, Joaquim Monchique, Ana Bola, Maria Vieira, Manuel Marques, Vítor de Sousa e Nuno Lopes e recebe como convidados muitas estrelas internacionais, como Sting, Julio Inglesias, Tom Jones ou Marisa que daí para a frente ganha notória visibilidade.
No dia 1 de abril de 2007, não é mentira, recebe o seu décimo segundo Globo de Ouro, desta vez sob a forma de Prémio Prestígio. Ou seja, um talento mais que firmado e confirmado.
Daí para a frente continua a não parar. Vai trabalhar para o Canal Concorrente, a TVI e, mais tarde, acaba por regressar à RTP, de onde saíra dez anos antes!
Como se não bastasse, foi diversificando a sua atividade, tendo publicado vários livros, com destaque para vários de anedotas picantes ou culinária. Sim, entre outros talentos, Herman José consta que é também um ás na cozinha e partilhou os seus segredos de culinárias em várias publicações do género.
Além disso, Herman continua sempre a fazer espetáculos pelo país fora e também no estrangeiro, sendo ainda hoje muito acarinhado e apreciado pelos portugueses que vivem na diáspora e que apreciam o seu talento, alegria contagiosa e humor acutilante.
Mais informação sobre a carreira e biografia de Herman José, sugere-se a pesquisa aqui.
E as motos?
Não é segredo para ninguém e o próprio já o revelou por diversas vezes que gosta de carros de gama alta, equipados com motores potentes, capazes de gerar várias centenas de cavalos e de performances incríveis, mesmo que até, muitas vezes, acabe por optar por andar como motorista e usar o automóvel como “escritório ambulante”.
O que algumas pessoas desconhecem é que Herman José teve e ainda tem uma estreita ligação ao mundo das motos que, de certa forma, foi reduzida depois de ter apanhado um grande susto, mas detalhes dessa história só mesmo com o próprio…
Consta que, sobretudo em período de férias, era muitas vezes visto com uma poderosa Yamaha Super Ténéré, modelo que já apresentámos aqui, mas há outras referências como esta imagem intemporal ao lado de sua mãe, montados numa Yamaha DT 125. Uma foto que mostra bem o gosto por motos de ambos e a cumplicidade que sempre existiu entre os dois.
Também esta imagem, montado numa quase desconhecida Honda DN-01. Como já referimos, esta moto acabou por ser um fracasso comercial, talvez por ser demasiado inovadora. A foto, cujos créditos são da Revista VIP, é parte integrante da festa de aniversário dos 64 anos do apresentador.
Para terminar, ainda que politicamente pouco correto, nada como uma imagem de Herman aos comandos de uma Moto4. Claro que a indumentária não é adequada (está praticamente nu) e faltam coisas básicas como um capacete ou umas luvas, mas faz algo que só ele sabe fazer como ninguém: é ousado, provocador e irreverente!
Mesmo que tenha abrandado um pouco o ritmo, os anos passam por todos e esteja mais afastado das motos, Herman José continua a ser alguém muito especial e cujo trabalho ao longo de mais de 50 anos tem sabido encantar milhões de pessoas e esperamos que assim continue.
Para a semana vamos ter novamente alguém bem conhecido, ligado ao mundo do espetáculo e com uma estreita ligação às motos. Quem será?