A Ducati revelou o novo motor V2, o bicilíndrico mais leve e avançado alguma vez produzido pela marca italiana de Borgo Panigale. Este motor, com apenas 54,5 kg, é o mais recente de uma longa tradição de V-twins da Ducati e promete oferecer um desempenho desportivo aliado à leveza e eficiência. A nova unidade incorpora o sistema de temporização variável de válvulas IVT, permitindo uma resposta do acelerador mais linear, especialmente a baixas rotações, além de melhorar o desempenho nas rotações mais altas. Este motor surge como uma evolução natural de modelos anteriores, incluindo o Pantah e o Testastretta, que definiram a marca ao longo das últimas décadas.
O V2 possui uma cilindrada de 890 cc e é homologado segundo a norma Euro5+, reforçando o compromisso da Ducati com a sustentabilidade sem comprometer a performance. A marca italiana adotou uma arquitetura de V a 90° para este motor, mantendo o equilíbrio das forças internas e dispensando um contrapeso. Este formato melhora não só a estabilidade como também a entrega de potência, mantendo o motor compacto e ideal para integrar diversos modelos da Ducati. A sua construção inclui forros de alumínio para reduzir peso e aumentar a dissipação de calor, otimizando ainda mais a eficiência.
Com duas configurações disponíveis, de 120 e 115 cavalos, o V2 oferece versatilidade para diferentes estilos de condução. A configuração de 120 cv é projetada para uso mais desportivo, podendo atingir até 126 cv com um escape de competição. Já a versão de 115 cv, com alternador mais potente e relações de transmissão mais curtas, é ideal para percursos urbanos e viagens em estrada, proporcionando uma resposta mais suave a baixas rotações. Em ambas as configurações, o motor exibe um binário máximo de cerca de 93 Nm, garantindo uma condução ágil e vigorosa em qualquer terreno.
Outro destaque é o sistema de comando IVT, que ajusta automaticamente a temporização das válvulas de admissão, melhorando o desempenho e a economia de combustível. Este sistema permite uma entrega de binário uniforme em todas as rotações, com mais de 70% do binário disponível a partir das 3.000 rpm. O tratamento DLC (Diamond-Like Carbon) no balanceiro de válvulas, usado em modelos de competição, ajuda a reduzir o desgaste e melhora a eficiência global do motor. Além disso, a Ducati equipou o V2 com uma embraiagem de 8 discos e um sistema de lubrificação semi-seca, permitindo maior estabilidade nas reduções de caixa.
A Ducati planeia integrar este novo V2 em vários modelos da sua gama, com a primeira moto a ser revelada em breve no evento Ducati World Première 2025, marcado para 5 de novembro. A expectativa é alta para a estreia do motor, que promete redefinir os padrões de performance e leveza para os aficionados da marca.