Classificação “Roteiros Motos”: O ser humano é prático…ou preguiçoso. Gosta de arrumar as ideias em “gavetas”. Coloca-lhes um rótulo e, dessa forma, sempre que necessita recupera essa informação com mais facilidade. O esquece-a…
Adotemos o mesmo processo para classificarmos os Roteiros Motos – Viagens ao Virar da Esquina. Assim torna-se mais fácil compará-las…se é que isso faz sentido. Seja como for, quem quiser seguir a sugestão, tem aqui umas pistas sobre o que vai encontrar. É evidente que não substitui os textos publicados na revista…mas para os mais preguiçosos…
Numa viagem de moto, ansiamos por estradas divertidas: que sejam sinuosas, íngremes, com belas paisagens e, se possível, que nos enriqueçam sob o ponto de vista cultural ou histórico. E já agora, para maximizarmos o prazer, que a distância a percorrer seja suficientemente longa para nos ocupar a jornada mas não tão extensa que a torne penosa.
São precisamente esses os 6 parâmetros que iremos utilizar para classificar as nossas rotas mototurísticas.
É evidente que existe nesta classificação uma grande dose de subjectividade e esse é o grande desafio para o autor: que quem lê e segue as nossas sugestões, se consiga rever com as suas próprias sensações no final da viagem.
Os critérios de apreciação são, para cada um dos parâmetros, os seguintes, pontuados de 1 estrela (mínimo) a 5 estrelas (máximo):
1. SINUOSIDADE – critério subjectivo e baseado na experiência de condução (por exemplo, o troço de 40km da Serra do Caldeirão com as suas 365 curvas mereceria uma notação de 4,5);
2. DECLIVE – critério objetivo, tomando por base a percentagem resultante da soma dos declives positivo (subidas) e negativo (descidas) relativamente à distância do percurso e classificado da seguinte forma:
PERCENTAGEM | PONTUAÇÃO |
+ 8% | 5 |
de 7 a 8% | 4,5 |
de 6 a 7% | 4 |
de 5 a 6% | 3,5 |
de 4 a 5% | 3 |
de 3 a 4% | 2,5 |
de 2 a 3% | 2 |
de 1 a 2% | 1,5 |
< 1% | 1 |
Por exemplo, uma ida e volta entre a Covilhã e a Torre, na Serra da Estrela valeria neste parâmetro, 4 estrelas;
3. PANORÂMICA – critério subjectivo e baseado na apreciação ao longo do percurso (paisagem, diversidade, etc.);
4. CULTURA E HISTÓRIA – critério subjectivo e baseado nos locais visitados e nos conhecimentos adquiridos;
5. DIVERSÃO – critério subjectivo e genérico que tem por base as sensações recolhidas ao longo do percurso. Mesmo não cumprindo na plenitude os critérios de sinuosidade e declive, uma rota com curvas bem desenhadas, alguns sobe-e-desce, paisagem agardável, pode tornar-se bastante divertida em função do ritmo adoptado e da própria envolvente;
6. DISTÂNCIA – critério objectivo que relaciona a distância da rota face à quilometragem diária ideal considerada para um percurso mototurístico que inclua não só a condução mas também as paragens para visitas, alimentação, realiazação de fotos ou vídeos.
Assim, considera-se 150 km como valor ideal para um dia. A classificação será ditada pelo rácio entre os quilómetros percorridos e esse valor de referência. Se a distância diária superar o valor referencial de 150 km penalizará a pontuação (pois considera-se que não se terá tirado total partido do percurso devido à sua extensão).
Por exemplo, uma distância de 120km receberá uma pontuação de 4 estrelas e uma distância de 200 km receberá apenas 3,5.
A PRIMEIRA CLASSIFICAÇÃO “ROTEIRO MOTOS – VIAGENS AO VIRAR DA ESQUINA”
Revista Motos – Edição Janeiro 2024: “Do inferno ao paraíso é um instante!”
Nesta primeira rota mototurística introduzimos uma novidade: a classificação “Roteiro Motos-Viagens ao Virar da Esquina” cujo cálculo agrega um conjunto de 6 parâmetros pontuados de 1(mínimo) a 5 (máximo) e de onde no final calculamos o valor médio que pontua este roteiro.
O objetivo é criar termos de comparação entre as diferentes rotas que iremos publicar daqui em diante, permitendo ao leitor “saber ao que vai” em cada uma delas.
São eles, aplicados a esta rota:
POR: Henrique Saraiva – Viagens ao Virar da Esquina
FOTOS: Henrique Saraiva – Viagens ao Virar da Esquina