The Mask, 1985
Um filme obrigatório, que tem por base uma história real, sendo que a presença constante das motos, em especial Harley-Davidson, é um bónus e mostra como as motos conseguem unir as pessoas, basta querer. Pode classificar-se como um drama, mas é uma verdadeira lição de vida e uma forma de nos ajudar a combater os nossos preconceitos e medos. Todos temos direito à felicidade!
Rocky Dennis (Eric Stoltz) é um adolescente que sofre de uma rara deformidade que faz com que o seu rosto pareça uma caveira (síndrome de Crouzon) e não é fácil ser-se aceite pelos outros, mais ainda nestas circunstâncias e nesta fase da vida em que somos ainda mais julgados pelo nosso aspeto, mas ele não desiste e é sempre alegre e bem-humorado.
Rusty (Cher) é uma mãe que, apesar de viciada em drogas, dá o seu melhor para que seu filho seja aceite na sua diferença, mesmo na escola pública onde o querem recusar e que seja amado e acarinhado como tal. Nessa tarefa vai receber a ajuda de outro grande ator de Hollywood: Sam Elliott (Gar) e todo o seu gang de motociclistas vão ajudar na tarefa de garantir que Rocky é especial, como todos nós, ainda que diferente.
Ao longo do filme nós próprios acabamos por ser tocados por este filme. Cher desempenha brilhantemente o seu papel de mãe e amiga e quando Rocky e Diana Adams (Laura Dern) se apaixonam, todos ficamos felizes um bocadinho com este desenlace. Uma versão diferente de “A Bela e o Monstro” que consegue tocar qualquer um de nós!
Com este desempenho, no Festival de Cannes, ganhou o Prémio de Melhor Interpretação Feminina, mais um para juntar à sua extensa coleção. A (re)ver!
Ride to Work Day, 2003
Desta vez o destaque de Cher não vai para nenhum filme ou algum álbum, sendo que a diva tem estado mais afastada dos palcos e do cinema nos últimos anos, mas com a participação no Ride to Work Day (RTW) ganhou um lugar de destaque, também na história do motociclismo.
No dia 16 de julho de 2003, acompanhando um vasto grupo de celeridades também com forte ligação às motos, casos dos atores Peter Fonda, Sylvester Stallone, Arnold Schwarzenegger ou o lutador de wrestling Hulk Hogan foram juntos até às escadarias do New York’s City Hall. Aí o Presidente da Autarquia proclamou que a Terceira quarta-feira de julho seria proclamada como o Ride To Work Day.
A iniciativa foi sendo acarinhada e ganhou proporções, sendo que agora é celebrada, mesmo que seja noutra data, em várias partes do globo, sempre na lógica de que as motos são uma parte da solução e não do problema, nomeadamente no que à mobilidade diz respeito.
Estas oito ideias-chave dos RTW, que a seguir se traduzem, ilustram bem isso:
Fui trabalhar de moto, porque:
Ir de moto para o trabalho é divertido
Ir de moto para o trabalho reduz o tráfego e as dificuldades em estacionar
Ir de moto para o trabalho representa menos consumo de combustível que num automóvel
Ir de moto para o trabalho deixa-me com mais energia e mais atento
Ir de moto para o trabalho representa menos poluição que num veículo maior
Ir de moto para o trabalho é menos destrutivo para a via, pontes…
Ir de moto para o trabalho leva-me e traz-me em menos tempo
Ir de moto para o trabalho mostra que andar de bom é um ato social positivo
Terminamos esta menção a Cher com “Believe”, um clássico intemporal que faz parte do seu 23.º álbum e que nunca me canso de ouvir.
Serei caso único?