Participação nos ISDE – Six Days em 1964
Logo no ano seguinte, McQueen não resistiu à tentação e decidiu participar em mais uma prova de todo-o-terreno, mas esta não era uma prova qualquer, mesmo para quem já participara em Bajas ou no Grande Prémio de Elsinore e tinha imensa experiência no off-road.
Juntamente com o seu amigo Bud e mais dois pilotos fizeram parte da primeira Seleção americana na categoria Silver Vase dos International Six Days Trial (ISDT). As motos era um “híbrido” de Triumph Twins de 649 cc e 490 cc modificados, mas nem tudo correu tão bem como o esperado.
Era a primeira vez que os americanos participavam e a popular prova, que já existia desde 1913, foi de uma dureza inesperada, de tal forma que nem McQueen, nem Ekins, chegaram ao final da corrida em Erfurt, na então Alemanha Oriental (RDA), tendo sofrido várias quedas e Etkins acabou mesmo por fraturar uma perna.
Porém, o feito não foi esquecido e em 1978 McQueen acabou por ganhar um lugar cativo no Off-road Motorsports Hall of Fame e a participação nos ISDE deu uma ajuda.
Para memória futura ficou imortalizada a foto em que está montado na sua moto, cujo número era o 278, a fumar descontraidamente um cigarro. Só mesmo Steve McQueen!
On Any Sunday, filme/documentário de 1971
Quem nunca viu esta obra-prima de Bruce Brown dificilmente se pode considerar um apaixonado por motos, passe o exagero.
São 96 minutos que fizeram tanto pelas motos em todas as suas facetas e não apenas no off-road, que ainda hoje é um marco na história do motociclismo! As próprias técnicas de filmagem, com câmaras em cima das motos, era algo nunca visto e foi uma verdadeira revolução!
O próprio McQueen, através da sua empresa, ajudou a custear as despesas do filme e participa em várias cenas do mesmo, nomeadamente na cena final em que, juntamente com mais dois amigos, “num qualquer domingo de manhã”, se juntam para ir andar de moto. Simplesmente épico e intemporal.
Rever este documentário/filme é perceber um pouco mais do motociclismo e, na minha perspetiva, não ter ganho o óscar na categoria de documentário em 1972 foi uma tremenda injustiça, mas não retirou mérito ao filme que vale a pena ver, até para quem não liga ou gosta de motos!