Uma vida mais ou menos atribulada, mas sempre com as motos por perto
Nascer no seio de uma família em que as motos são apreciadas, seja como veículo de transporte, lazer ou qualquer outra razão é meio caminho para a paixão se entranhar e quando existem irmãos mais velhos que andam de moto, então é quase garantido que vamos querer fazer isso também. Aconteceu com a Marta, comigo, com muitas mais pessoas e ainda bem!
Com apenas 10 ou 11 anos a Marta tornou-se conhecida do grande público e se para um adulto nem sempre é fácil lidar com a fama, então para um adolescente e jovem a tarefa acaba por se tornar mais complicada e as companhias de que nos rodeamos podem dar um contributo nesse sentido.
Com Marta Ferreira não foi diferente e à medida que a representação ocupava um espaço cada vez mais importante na sua vida, bem como a independência económica muito precoce, começaram também a chegar outras vivências e experiências, típicas da idade e do estrelato.
A própria Marta assumiu que não foram tempos fáceis e que no seu processo de crescimento e aprendizagem do que é a vida cometeu alguns excessos que, felizmente, não lhe saíram caro, mas deixam sempre marcas. Consumo excessivo de álcool ou drogas leves são dois bons exemplos, mas com força de vontade e apoio especializado, além do da própria família, é sempre possível conseguir ultrapassar os obstáculos.
Andar de moto, nem que seja uma singela 125, que até pode ser elétrica, é sempre uma ótima forma ajudar a aliviar a tensão, a esquecer os problemas e fazer com que nos foquemos no que realmente interessa: a família, os verdadeiros amigos, o nosso trabalho. As motos, para muitos de nós, são também uma forma de terapia e para a Marta não tem sido exceção.
A vinda do Vasquinho e paixão familiar pelas motos
Quando tinha 24 anos de idade a Marta realizou aquela que é uma grande aspiração de muitas mulheres: ser Mãe! A vinda do Vasco veio mudar a sua vida para melhor, o que não invalida que não tenha também restrições ao nível até da nossa vida pessoal e dos tempos livres que mudam por completo, mas por uma causa maior.
Com 24 anos, ainda que com toda a força e vigor da juventude, Marta já tinha deixado para trás essa fase mais sombria da sua vida e a maternidade ajudou-a a despertar para o mundo de forma diferente, enquanto o trabalho como atriz exigia muito de si, até em papéis surpreendentes como aquele que desempenha no filme de 2020 “Bem Bom”, onde ela é Laura Diogo, das saudosas Doce, a primeira Girls Band Portuguesa. Ver pelo menos o trailer é obrigatório, mas mesmo o filme é magnífico, sobretudo para quem conheceu a banda ou se interessa por ela:
A sua ligação às motos não cessa, mas antes sai, tornando-se numa espécie de embaixadora da Yamaha no nosso país, em particular nas cilindradas até 125 e elétricas equivalentes, mas não vai ficar por aí. Recentemente confessou nas sua redes sociais que já estava a tirar a carta para poder conduzir cilindradas mais altas. Assim, é de prever que, a qualquer momento, possa conduzir outro tipo de motos que permitem, por exemplo, viagens mais longas, como participar num Lés-a-Lés de forma mais folgada ou viajar além fronteiras, começando pela vizinha Espanha.
Escusado será dizer que também já está a passar o bichinho ao Vasquinho e a recente participação de ambos no Off Road Camp Yamaha só veio reforçar isso. Por um lado, ambos andaram de moto em juntos, o que é sempre ótimo, mas Marta já percebeu que o filho herdou esse dom e gosto pessoal da mãe.
Dito de outra forma, filho de peixe…
Vamos todos esperar que nos palcos, nos ecrãs e na vida real continue assim por muitas décadas, juntando talento, simpatia e gosto pelas motos!
Para a semana teremos mais alguém conhecido do universo do espetáculo, com uma estreita ligação às motos e é um homem que dispensa apresentações. Quem será?