A Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) e a Liberty Seguros lançaram a campanha “O Copo ou a Vida”, uma iniciativa conjunta que pretende sensibilizar os condutores para uma condução sem álcool e reduzir a sinistralidade rodoviária associada à condução sob influência do álcool.
“Os dados mais atuais são preocupantes. Um terço dos condutores mortos em acidentes de viação entre 2010 e 2015 tinha taxas de alcoolemia ilegais. Isto mostra-nos a importância de exigir uma mudança de comportamento, sobretudo porque apesar de os portugueses identificarem o álcool como principal fator de risco para a ocorrência de acidentes rodoviários, o número de vítimas devidas à condução sob o efeito do álcool é absolutamente inaceitável. Na realidade, desde 2010 até hoje, mais de 1000 condutores e mais de 200 peões morreram com taxas de alcoolemia superiores a 0,5g/l, para além dos que não tendo álcool foram vítimas dos que tinham”, sublinha José Miguel Trigoso, Presidente da PRP.
Esta campanha conjunta de segurança rodoviária será visível em 350 outdoors colocados à entrada e saída de localidades de Norte a Sul do país, onde a velocidade máxima é de 50 km/h, o que facilita a leitura da mensagem.
“A Prevenção Rodoviária é uma área de importância crítica e estratégica para a Liberty Seguros. Todos os anos morrem tragicamente centenas de pessoas nas estradas portuguesas e, na nossa seguradora, acreditamos que há riscos na vida que não podemos correr – por nós, pelas nossas famílias e por todos os que nos rodeiam. Assim, defendemos que optar por não conduzir depois de se beber não é apenas um mero gesto do quotidiano, mas sim uma escolha decisiva entre a vida e uma possível morte precoce e que pode ser evitada”, destaca Rodrigo Esteves, diretor de Marketing da Liberty Seguros.
De acordo com dados do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, recolhidos entre 2010 e 2015, 33,2% dos condutores mortos em acidentes de viação tinham taxas de alcoolemia ilegais (iguais ou superiores a 0,5 g/l), sendo que a maioria dos casos – 25,6% – apresentavam taxas iguais ou superiores a 1,20 g/l, o que corresponde a taxas consideradas crime.
Segundo conclusões das mais de 5 mil observações efetuadas aleatoriamente pela PRP, em Portugal, em média, em cada 1.000 condutores que circulam nas nossas estradas, 18 conduzem com taxas de álcool consideradas ilegais e pelo menos 86 conduzem depois de terem consumido bebidas alcoólicas, ainda que dentro dos limites estabelecidos pela legislação.
Após a análise da correlação com os dados do Instituto de Medicina Legal, a PRP concluiu que o risco de morte em acidentes de viação em Portugal aumenta, em média, entre 9 e 12 vezes para os casos das taxas que são consideradas como contraordenações graves e muito graves e mais de 140 vezes para as taxas consideradas crime.