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História MV Agusta, 80 anos – 1ª parte

Fernando Neto Por Fernando Neto
27 Dezembro, 2025
em Artigos, Competição, Notícias
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História MV Agusta, 80 anos – 1ª parte

Os anos de ouro

A MV Agusta apresentou a sua primeira moto em 1945, cumprindo-se agora 80 anos de uma história com tanto de gloriosa como de conturbada.

POR Luís Carlos Sousa  •  Fotos MV Agusta

A primeira moto MV Agusta, a ‘98’, foi apresentada ao público no outono de 1945, marcando assim o início de uma história repleta de momentos gloriosos, especialmente no palco desportivo, onde se mantém até hoje – apesar de não estar presente na classe rainha dos Grandes Prémios há quase meio século, desde 1976 – como a marca europeia mais bem-sucedida da história do Mundial de Velocidade, somando 38 títulos mundiais de Pilotos e 37 de Construtores, divididos pelas classes de 500, 350, 250 e 125 cc. Contando nas suas fileiras com nomes como John Surtees, Mike Hailwood, Phil Read e, claro, Giacomo Agostini ao longo do seu período dourado, os pilotos oficiais da MV Agusta conquistaram nada menos que 17 títulos mundiais de 500 cc consecutivos, entre 1958 e 1974, cimentando uma reputação de performance e exclusividade que sobreviveu mesmo aos seus momentos mais negros – o período em que saiu de cena, com a última moto a sair da linha de montagem em 1977, até ser recuperada pelo Grupo Cagiva dos irmãos Castiglioni já durante a década de ‘90.

Dos céus para a estrada

Mas a história da MV Agusta não começa apenas quando, no início de 1945, é formalmente constituída a ‘Società Anonima Meccanica Verghera’, em Cascina Costa di Samarate, poucos quilómetros a sul de Varese e a noroeste de Milão, na Lombardia. As raízes da marca que leva o nome da família Agusta surgem bem longe do rico e industrialmente evoluído norte de Itália. Nascido em Parma em outubro de 1879 numa família aristocrática de origem siciliana, Giovanni Agusta, o sexto Conde de Agusta, desde cedo adquiriu no estrangeiro, em França e na Bélgica, as suas capacidades de engenharia aeronáutica. Em 1907, ano em que nasce Domenico, o mais velho dos quatro filhos – juntamente com Mario, Vincenzo e Corrado – que teria com a sua esposa, Giuseppina Turretta, Condessa de Agusta, começou a desenhar o seu primeiro avião, um biplano denominado Ag1, que construiu numa oficina em Cápua, a sul de Nápoles, onde voaria pela primeira vez em 1910. Esse voo de teste, com o avião a ser puxado por um automóvel para descolar, acabou por ser bem-sucedido, mas faltavam os fundos necessários para equipar o Ag1 com um motor da potência adequada.

Depois de ter servido, em 1912, como voluntário na guerra ítalo-turca na Líbia, acabaria por ser contratado pela Caproni para diretor técnico e administrativo daquela companhia aeronáutica em Gallarate, mudando-se para o norte com a família, bem perto de Cascina Costa, onde em 1923 nasceriam as primeiras instalações da Costruzioni Aeronautiche Giovanni Agusta S.A. em Itália (muito perto de onde se situa hoje o aeroporto internacional de Malpensa), empresa que desde 1920 se encarregava de reparações e manutenção de aviões militares nas suas oficinas de Trípoli e Benghazi, na Líbia. Mas Giovanni Agusta viria a falecer prematuramente em novembro de 1927, com a Condessa Giuseppina e o seu filho Domenico a assumirem os destinos da empresa.

Um novo rumo

A Agusta continuou a produzir aviões e componentes e, no período de escalada bélica que antecedeu a 2ª Guerra Mundial sob a liderança do ‘Duce’ Benito Mussolini, até à rendição da Itália aos Aliados, em setembro de 1943, fabricou centenas de aparelhos para a ‘Regia Aeronautica’, a força aérea italiana.

Foi nesta altura que Domenico Agusta colocou em marcha uma ideia que tinha em mente há algum tempo. Unindo o seu gosto pelas motos à sua visão a longo prazo de que a mobilidade acessível teria uma procura acrescida no final da guerra e, para além disto, que a vitória aliada que se começava a desenhar iria impor restrições ao fabrico de aviões aos países vencidos, incumbiu uma equipa liderada por Mario Rossi de desenvolver um protótipo de moto, equipado com um motor a dois tempos de 98 cc. Cascina Costa seria então ocupada pelas forças alemãs que, na sua retirada, saquearam a fábrica da Agusta, mas os planos da primeira moto Agusta estavam escondidos em casa de Rossi e, assim que a Wehrmacht partiu, o plano foi rapidamente retomado.

A 19 de janeiro de 1945 é estabelecida a Meccanica Verghera, adotando o nome do bairro de Cascina Costa onde estava situada e assinalando oficialmente a diversificação das atividades da Agusta.

Entretanto, tal como o Conde Agusta previra, no final da guerra a Itália, tal como a Alemanha e o Japão, foi forçada a encerrar a sua indústria aeronáutica, proibição que durou até 1950. A Agusta, tal como outros fabricantes de aviões, casos da Piaggio e da AerMacchi, aproveitaram o seu know-how e maquinaria para diversificarem as suas atividades em direção às duas rodas, tal como sucedeu com fabricantes dos outros países do Eixo – no Japão, a Mitsubishi passou de produzir os famosos caça ‘Zero’ para fabricar as scooters Mitsubishi Pigeon, enquanto, na Alemanha, a fábrica que criou os célebres bombardeiros Heinkel esteve também na origem das famosas Heinkel Tourist -e a BMW havia passado pelo mesmo processo no final da 1ª Guerra Mundial.

A ‘vespa’ de Verghera

A moto da MV, que inicialmente havia sido batizada ‘Vespa’ devido ao som que emitia, teve de procurar outra designação, pois o nome estava registado e acabou por ser vendido à Piaggio, que lançaria a sua célebre scooter com este nome em 1946. Domenico Agusta optou assim pela saída mais simples, batizando a sua moto como ‘98’ e apresentando-a ao público pela primeira vez em Milão, em dezembro de 1945. A MV Agusta 98 entrou em produção no ano seguinte, tendo sido fabricadas sete milhares de unidades ao longo de quatro anos de produção. Em 1947, para além de novas variantes da 98, a Turismo e a Lusso, foram lançadas uma bicilíndrica de 125 cc e uma monocilíndrica de 250 cc.

Quase desde o primeiro momento, no final de 1946, que a MV, impulsionada pela paixão de Domenico Agusta pelo motociclismo, participou em competições com a 98 e, em 1948, foi criada a primeira MV Agusta especificamente desenhada para a competição, a 125 Sport. Quatro anos depois, em 1952, Cecil Sandford vencia o primeiro título mundial para a casa italiana, conquistando o Campeonato do Mundo de 125 cc. Carlo Ubbiali repetiria o feito em 1955 e, no ano seguinte, o ás italiano era Campeão do Mundo em 125 e 250 cc, enquanto John Surtees oferecia à MV Agusta o seu primeiro título mundial de 500 cc.

Foi o início de uma época de ouro (cujos números podem ser consultados na caixa), mais ainda após a saída de cena das marcas italianas do Mundial, anunciado num comunicado conjunto no final de 1957 pela Mondial, Moto Guzzi e Gilera. A MV Agusta tinha inicialmente acordado em juntar-se a esta debandada, mas Domenico Agusta voltou com a palavra atrás, iniciando aqui um reinado que iria durar até meados da década de 1970.

No entanto, o sucesso das MV na competição não tinha paralelo com o que se vivia no mercado. Com os efeitos da recuperação económica no pós-guerra, na década de cinquenta, a aumentarem o sucesso do automóvel junto da população, com o consequente declínio da indústria motociclística, a MV Agusta não escapava a este fenómeno, que a marca procurou contrariar apostando em modelos de maior cilindrada e performance, recorrendo a soluções técnicas a que se podia permitir devido ao intercâmbio tecnológico com o departamento aeronáutico da Agusta.

Foi também o poderio económico da casa-mãe, que tinha crescido exponencialmente a partir do momento em que começou a produzir em Itália os helicópteros Bell, em 1952, a sustentar durante bastante tempo a equipa de competição da MV, que sobrevivia essencialmente como capricho do Conde Agusta e devido à sua paixão pelo motociclismo.

Mas o declínio era inevitável. Em 1970, apesar da boa receção do mercado à nova 750 Sport, apenas foram produzidas 600 motos MV Agusta. O Conde Agusta viria a falecer de ataque cardíaco aos 63 anos, em janeiro de 1971, e a produção das motos que levavam o seu nome continuou em curva descendente até 1977, altura em que a última MV saiu da linha de montagem de Cascina Costa – embora as motos tenham sido ainda vendidas até 1980, altura que que se esgotou o stock ainda existente na fábrica.

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Terminava assim a primeira fase de uma história que teria sequência vários anos mais tarde. Mas esse é um tema para a próxima edição…

Palmarés no Mundial de Velocidade

Títulos de Pilotos: 38

Títulos de Construtores: 37

500 cc

Pilotos (18 títulos)

John Surtees (1956, 1958, 1959, 1960)

Gary Hocking (1961)

Mike Hailwood (1962, 1963, 1964, 1965)

Giacomo Agostini (1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972)

Phil Read (1973, 1974)

Construtores (16 títulos)

(1956, 1958, 1959, 1960, 1961, 1962, 1963, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973)

350 cc

Pilotos (10 títulos)

John Surtees (1958, 1959, 1960)

Gary Hocking (1961)

Giacomo Agostini (1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973)

Construtores (9 títulos)

(1958, 1959, 1960, 1961, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972)

250 cc

Pilotos (4 títulos)

Carlo Ubbiali (1956, 1959, 1960)

Tarquinio Provini (1958)

Construtores (5 títulos)

(1955, 1956, 1958, 1959, 1960)

125 cc

Pilotos (6 títulos)

Cecil Sandford (1952)

Carlo Ubbiali (1955, 1956, 1958, 1959, 1960)

Construtores (7 títulos)

(1952, 1953, 1955, 1956, 1958, 1959, 1960)

Tags: HistorymotosMV AgustaMV Agusta historyRacingRevista Motos

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