Foi uma final cheia de emoções, aquela que o Campeonato Nacional de Supermoto viveu no passado fim de semana em Abrantes, com Sérgio Rego a anular a desvantagem para Sebastián Gil e a recuperar o título nacional.
Depois de ter conquistado cinco títulos nacionais consecutivos de Supermoto – entre 2019 e 2023 -, e de ter visto Sebastián Gil ‘roubar-lhe’ a placa Nº1 em 2024, Sérgio Rego (Husqvarna #35) assegurou no passado domingo no Kartódromo de Abrantes o seu sexto título nacional da modalidade, após ter partido para esta última prova da temporada com 11 pontos para o então líder do campeonato, Sebastián Gil (KTM).

Com a vantagem de que dispunha, Gil precisava de terminar as duas mangas em 2º lugar – isto no caso de Sérgio Rego vencer ambas as corridas – para renovar o título por um ponto, mas o destino iria ditar outro rumo dos acontecimentos, com Sérgio Rego a cumprir o que se lhe pedia, vencendo as duas mangas, enquanto Sebastián Gil via o título esfumar-se na sequência de uma queda na segunda manga, que o fez terminar no lugar mais baixo do pódio, depois de ter sido segundo colocado na corrida inaugural.
A primeira manga começou por ser muito disputada, com uma luta a três entre Sérgio Rego, Afonso Cruz (KTM) e Sebastián Gil, mas Cruz e Gil tocam-se na discussão de uma travagem, caindo ambos para regressar rapidamente à pista. Rego venceria com Gil a 9s e Cruz a 18s.
Sebastián Gil partia assim para a segunda manga ainda com 6 pontos de vantagem no campeonato, pelo que lhe bastaria repetir o resultado da corrida anterior para renovar a coroa. No entanto, uma queda na zona de terra deitaria tudo a perder, com Gil a ficar sem travão dianteiro na sua KTM e, desta forma, impossibilitado de alcançar Rego e Cruz, que lutavam pela vitória. Afonso Cruz terminou a somente 1,4s do vencedor e novo Campeão Nacional, Sérgio Rego, enquanto um inconsolável Sebastián Gil terminava num distante 3º posto, perdendo assim o título por 3 pontos.
Entre as Mini Supermoto viveram-se mais duas corridas sem grande história no que respeita à luta pela vitória, com Alberto González (Bucci) a dominar ambas as mangas e a garantir o título, como seria previsível, pois à chegada a Abrantes detinha 40 pontos de vantagem sobre Gonçalo Ferreira. Este último e Lucas Carvalho viriam a alternar no 2º posto, com João Pedro Silva e Vasco Monteiro a fazerem o mesmo no 3º lugar.

Nas duas corridas do Troféu R12 aconteceu precisamente o oposto, com os jovens lobos do Campeonato Nacional de Velocidade a fazerem mossa: Alexandre Cabá e Vasco Camoesas travaram intensos duelos pela vitória, com Cabá a vencer a manga inaugural apenas 0,226s na frente de Camoesas, enquanto na segunda manga as posições se invertiam, sendo a vez de Vasco Camoesas bater Alexandre Cabá por escassos 0,211s, em ambos os casos com Henrique Vicente em 3º lugar. Terminando as duas corridas em 4º lugar, Gonçalo Ferreira assegurou o triunfo final no Troféu R12 2025.
Registe-se ainda a presença de cinco jovens pilotos na classe Infantil 90, com José Pedro Batista a vencer em ambas as corridas, batendo Martim Madureira e Matilde Lopes na primeira manga, estes a manterem sempre grandes lutas entre si, e com Matilde Lopes a impor-se a Martim Madureira na segunda corrida por menos de um segundo.
Foi um final de temporada recheado de emoções fortes. Em 2026 há mais!
Fotos: Eduardo Almeida



