A semana passada, apresentámos um total de 5 filmes de James Bond em que as motos acabaram por ter um papel importante.
Interessante que, em todas elas, as motos tiveram fins tristes e nunca se repetiram marcas: tivemos uma BSA A65 Lightning, depois três Aermacchi Harley Davidson 350s, seguiu-se uma Kawasaki Z 900 com side-car, duas Yamaha XT 500 e, finalmente, mais duas Cagiva W16 600.
Olhando apenas para as marcas, é doloroso notar que apenas as marcas japonesas (Kawasaki e Yamaha) sobreviveram e chegaram à atualidade: a britânica BSA desapareceu do mercado, tal como as italianas Aermacchi e Cagiva. Parece que os filmes de James Bond foram, nesta matéria, premonitórios.
Esta foi uma escolha pessoal. Em rigor, existiram mais motos nos filmes de 007 até a esta data. É o caso da Honda ATC90 que 007 (Sean Connery) usou no filme de 1971 Diamonds are Forever, mas o compromisso foi de 10 motos.
Veja também 10 Motos na Saga de Filmes James Bond – PARTE I
Tomorrow Never Dies, 1997
Este é o penúltimo filme da saga ainda no século XX. O papel de James Bond é desempenhado por Pierce Brosnan e a direção do filme cabe a Roger Spottiswoode.
Pela primeira vez a protagonista, no que às duas rodas diz respeito, cabe à marca alemã BMW e não é um modelo qualquer. É antes uma imponente e espetacular BMW R1200C Cruiser, que o agente usa para escapar, acompanhada de uma sensual agente chinesa que dá pelo nome de Wai Lin, à qual está algemado.
A perseguição decorre pelas ruas e ruelas de Saigão e tem o seu ponto alto quando um duplo (John Pierre Goy), aos comandos da moto faz um voo entre dois prédios, passando por cima do helicóptero. Uma cena verdadeiramente impressionante, tal como o momento em que são perseguidos por um helicóptero e, para tentar escapar, vão com a moto pelas varandas de madeira das casas.
Desta vez a moto, apesar de sofrer bastante, acaba quase ilesa. Destaque ainda o facto de, do princípio ao fim da cena, não haver mais nenhuma moto e ser a mesma sempre conduzida por 007, não considerando as cenas mais arriscadas. Num dado momento a moto, conduzida pelo duplo já referido atrás e stunt rider profissional, faz um longo “cavalinho”, algo que a BMW afirmava ser impossível, mas afinal não era!!!