A nossa viagem leva-nos, uma vez mais, até à Áustria sendo que o modelo desta semana, apesar dos anos, continua a ser uma moto de culto, em particular para os mais aventureiros.
O Ricardo Levita que o diga! Foi a sua moto de sonho e esta “pura Dakariana” continua a fazê-lo muito feliz.
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Fala-nos de ti e da tua experiência no mundo das motos:
Chamo-me Ricardo e já comecei “tarde”, tinha 23 anos quando entrei no mundo das duas rodas e com uma marca nacional, AJP 200 enduro. Sempre fui utilizador de “motos de mato”. Só aos 37 anos me estreei no asfalto com uma Honda Deauville 650 – que era muito confortável, um autêntico sofá.
Que tipo de motociclista és?
Sou um apaixonado pelas duas rodas, mais em todo-o-terreno, onde não falta diversão e convívio, pois não gosto de andar sozinho de moto. Porém nem sempre isso é possível e quando o bichinho aperta, até sozinho vou. Não sou muito de arriscar até porque tenho consciência das minhas capacidades.
Porquê esta moto em particular? O que mais e menos gostas nela?
Em relação à minha moto, posso dizer que é pesada, tem um apetite enorme por gasolina, não é a moto ideal para andar no pára-arranca da cidade, não é das mais confortáveis e não tem eletrónica praticamente nenhuma… Mas, é, e sempre foi, a moto dos meus sonhos e tem a capacidade de me colocar um sorriso na face cada vez que ando nela. Por isso caso possam experimentar uma, tenham cuidado pois podem ficar viciados.
Prevês sucessora? Qual?
Quanto a sucessora, apenas gostava de trocar a minha KTM 200 EXC, por uma 350, pois quanto à 990, estou muito satisfeito.
Que conselhos dás a quem anda de moto? E a quem não anda?
Para quem não anda ou nunca andou, nem sabem o que andam a perder pois uma das definições de liberdade, fica entre a roda da frente e a roda de trás.
A quem anda no meio do “mato”, o conselho que dou é que cuidem da natureza e evitem comportamentos menos próprios, pois ainda vamos tendo alguma “margem” para andarmos sossegados. Para quem percorre o asfalto, apreciem a paisagem, e tomem cuidado com os demais utentes da via, pois cada vez está mais selvagem o ambiente nas estradas.