Pelo menos uma semana antes do início do Portugal de Lés-a-Lés (LaL) já se sabia que ia chover e que a mesma iria ser abundante. Ou seja, todos tiveram oportunidade de se precaver, pelo menos no que ao equipamento diz respeito.
Logo durante o Passeio de Abertura as ameaçadoras previsões de inclemência meteorológica tiveram o condão de alertar os 2250 participantes no 25.º Portugal de Lés-a-Lés para uma etapa que poderia ter dose extra de aventura.
De Bragança a Viseu, foram 304 quilómetros de estradas panorâmicas, muitas delas inéditas nos mapas da maratona mototurística organizada pela Federação de Motociclismo de Portugal. Que todos desfrutaram mesmo se, em algum momento do dia, ninguém conseguiu escapar às fortes bátegas de água. Chuva por vezes muito forte e céu sempre em tons de cinza carregado que não ensombraram os semblantes sorridentes com o desafio acrescido.
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Em dia de trautear a canção tradicional portuguesa, associada a uma dança de roda, ‘Indo eu, indo eu, a caminho de Viseu’, a partida foi madrugadora, com os primeiros a lançarem-se à estrada, noite cerrada, ainda batiam as 6 horas no relógio da Catedral de Bragança, a primeira a ser inaugurada em Portugal no século XXI. As serpenteantes estradas da serra de Nogueira, completamente desertas numa manhã de feriado, acordaram com a passagem de mais de 2000 motos.
Ainda mais animada seguiu a caravana, sempre com sorrisos que nem a chuva conseguia afogar, continuando a desfrutar paisagens soberbas num dia que foi de ‘verdadeiro Lés-a-Lés’. Podence, terra de caretos, ficava no caminho e houve quem não desperdiçasse oportunidade de tirar uma ‘selfie’ com o presidente Marcelo ou com o craque Ronaldo. Paisagens que eram verdadeiro conforto para a alma, mas que pediam algo mais para o estômago. Aconchego que estava à espera no Oásis em Macedo de Cavaleiros, no preciso local onde começou o 7.º Lés-a-Lés em 2005.