O 7º Portugal Lés-a-Lés Off-Road 2022 (LaL), evento promovido pela Federação de Motociclismo de Portugal (FMP), tem início amanhã, dia 1 de outubro, na encantadora cidade de Mirandela, dividida ao meio pelo Rio Tua, com as verificações técnicas e documentais e iniciativas de reflorestação que se vão prolongar ao longo das várias etapas.
Da nossa parte fica o compromisso de lhe irmos contanto, em cada etapa, alguns dos momentos mais especiais de cada dia, de modo que possa ser um pouco como estivessem lá também!
Faremos um “Diário de Bordo” no site, complementado por um pequeno vídeo a cada dia, nas nossas redes sociais (Facebook e Instagram). Na sua Revista Motos de novembro será então contada a história com mais detalhe da 7.ª edição do LaL off-road.
Um especial agradecimento à Honda Portugal por nos ter “confiado” uma Africa Twin 1100, já com os nossos requisitos, nomeadamente ser a versão normal, com caixa manual, topcase e pneus cardados, que vão ser montados apenas amanhã em Mirandela. Fui buscá-la às instalações do Lopes&Lopes, concessão Honda, ali a 2 passos de Sintra, onde somos sempre muito bem tratados. Vinha ainda com o bónus de ter proteção de radiadores, que são algo expostos.
Faltam agora alguns detalhes como ver a fixação do GPS e criar um modo de condução personalizado que me dê bastante liberdade de condução (ao nível de controlo de tração, potência de motor, entrega de binário…). Desativar o abs na roda traseira é que só mesmo no modo enduro.
Agradecimento especial à Multimoto, importante parceiro desta iniciativa, que nos facultou capacete, óculos e luvas da marca italiana ProGrip. Marca há muito ligada ao off-road e tradicionalmente mais conhecida pelos óculos de TT (goggles) e punhos, mas que agora alargou a sua oferta.
O resto do equipamento visível (calças, jersey, botas mochila) é o que uso regularmente, tal como o de proteção que não se vê (colete integral de duas peças, calções com proteções e joalheiras articuladas).
Eu, a moto e todo o equipamento vamos ser testados em condições reais e bastante intensivas. Claro que não se trata de uma competição, mas prevê-se que seja uma utilização mais severa que no mototurismo pelo que o equipamento tem que ser dedicado a essa finalidade.
Creio estarem reunidas as condições essenciais para que seja uma grande festa e até a meteorologia parece querer colaborar, embora um pouco menos de calor fosse interessante, mas é o que temos!
A minha previsão é que venham a ser percorridos quase 2.000 km’s no total. Sempre um bocado mais que o previsto pela FMP, até porque o alojamento vai ser distante do fim das etapas uma vez que, por opção, fiz eu a marcação dos sítios de pernoita. Contam as más-línguas que quando nos juntamos depois de andar de moto um dia inteiro pode haver tendência para fazer serão e quero evitar essa tentação para estar fresco no dia seguinte e lhe poder contar melhor toda a história, todos os dias.
Quanto à nossa planificação, se não existirem grandes imprevistos, é mais ou menos a seguinte:
Dia 1: viagem até Mirandela, troca de pneus, verificações técnicas e documentais e alojamento: 450 km;
Dia 2: de Mirandela a Tábua e alojamento: 350 km;
Dia 3: de Tábua a Arronches e alojamento: 350 km;
Dia 4: de Arronches a Vila Real de S. António: 330 km;
Dia 5 (feriado): de Vila Real de St. António a Lisboa: 340 Km (Via Infante e A2). A alternativa pelo Interior, rumo a Beja: 320 km.
Total previsto: 1800 Km. Fica já a promessa de, no final, mostrar se, tal como na edição do Lés-a-Lés mais asfáltico, existe ou não nova derrapagem. Se ocorrer, obviamente que é por um bom motivo!
Até amanhã
Texto e fotos: Pedro Pereira