Depois de dois anos de interregno causados pela situação pandémica, a fasquia para a edição deste ano era alta, mas a equipa do Moto Clube de Góis (MCG), agora liderado pelo Nuno Bandeira, esteve à altura e o mesmo vale para os restantes intervenientes, incluindo os milhares de visitantes que “tomaram de assalto toda a região” já que a festa não se circunscreve à vila e menos ainda ao recinto.
Nota particularmente positiva para as forças policiais (GNR), com uma presença musculada ao longo de todos os dias, mas a atuar de forma mais preventiva que interventiva, além de estarem sempre dispostos a ajudar, como no caso de um motociclista que deixou cair a moto e vieram dois guardas que pararam o trânsito e ajudaram a levantar a moto. São atitudes destas que fazem falta e são de louvar.
Como decorreu a concentração?
O balanço final será feito pela organização e por cada um dos participantes e mesmo da nossa parte a crónica detalhada será apresentada na próxima edição da sua Revista Motos, mas a minha apreciação global e do que fui sentindo, vendo e ouvindo resume-se numa palavra: memorável!
Não me recordo de alguma vez ter visto tanta gente como este ano, mas nem por isso havia demasiada confusão, lixo acumulado ou comportamentos verdadeiramente chocantes por parte dos/as motociclistas de todas as idades, o que não invalida, por exemplo, algumas sessões de “tiro aos pratos”, vulgo rateres, mesmo a horas mais ou menos impróprias.
O MCG tem a máquina bem afinada e todo o staff “desdobra-se” para que tudo corra da melhor forma possível, mas a localização privilegiada de Góis dá uma boa ajuda à festa, mais ainda porque o calor foi omnipresente ao longo dos dias, embora de noite a temperatura descesse bastante e apanhasse algumas pessoas desprevenidas.
A abundância de frondosas sombras, várias praias fluviais, muita animação de dia e de noite foram a garantia de que em Góis Tá-se bem e não há como o negar! Além disso, se uma pessoa o desejar, pode chegar na quinta ou na sexta, estacionar a sua moto, montar a tenda e só lhe voltar a pegar no domingo! Tem ali tudo o que precisa à mão de semear.
Partindo do pressuposto que não vai ocorrer nenhum imprevisto, em 2023 vai celebrar-se a trigésima edição. Não será muito fácil fazer melhor uma vez que o nível de excelência que a concentração já atingiu é elevado e são muitos/as os qua vão novamente convergir para Góis nesta data.
Texto e Fotos: Pedro Pereira