A autora Carla Pinto, nascida a 22 de Outubro de 1975 no Barreiro e com residência atual em Coimbra, está a lançar o seu segundo livro sobre motos e motards – neste momento em pré-venda online – e como este é um tema que nos interessa a todos, fiquem com uma pequena entrevista realizada por Anabela Cruz Pato a alguém que viu nas motos um interessante tema de escrita.
Quem é Carla Pinto?
Apesar de ainda não ter a resposta na totalidade, penso que souessencialmente alguém que gosta de dar vida à criatividade que sente, mesmo que não seja pelo caminho mais rápido ou fácil. Sou uma impaciente que aprendeu a viver com a paciência necessária para alcançar os objetivos independentemente dos obstáculos que possam surgir.
Como nasceu e como descreves a Carla Pinto, autora?
E como é que chegámos a este patamar?Surgiu um pouco por acaso, apesar de sempre ter gostado de fotografar e escrever sobre acontecimentos que tenha vivido. Esse gosto acabou por ir ficando para trás por diversas outras vivências que o puseram nos últimos lugares das prioridades, mas quando a oportunidade de dedicar tempo aquilo que gosto de fazer, com o mínimo de impedimentos possível, aproveitei. Acho que ainda não estou no que se possa considerar patamar, é o início da subida do primeiro degrau.
Como chegámos à primeira ED do “#13TREZE ‐ Versos em duas rodas, curvas, ondas e linhas menos retas” e como é que já vamos na pré‐venda do ” #13TREZEII ‐ O legado dos lobos maus”?
O primeiro #13TREZE surgiu repentinamente, estava numa noite a trabalhar em fotos de um evento biker em que tinha estado e enquanto fiz um intervalo peguei num livro onde tinha escrito alguns textos e poemas, na altura andava a pensar em como fazer uma exposição fotográfica, mas ocorreu‐me que poderia fazer algo mais pessoal que se pudesse revisitar sempre que se quisesse, um livro, onde juntasse fotos de eventos motociclistas/biker a poemas para criar outras histórias na imaginação de quem o pudesse vir a ler.
Porque “TREZE?”, quando o infortúnio está associado a esta numerologia?
O número treze neste contexto refere‐se á letra “M” de Motociclista, sendo a 13ª letra no alfabeto latino e consequentemente esta ideia de que representa algo de mau acaba por complementar a ideia geral que envolve o mundo motociclista. Para além disso é um número que prezo bastante, tem uma enorme carga histórica, místico e espiritual, e eu prefiro a carga positiva que representa.
Para onde nos transportam estas obras?
Para quando está previsto o lançamento?O primeiro #13TREZE é mais abstrato no que representa, todas as fotos e textos foram criados individualmente e para mim, ou melhor, gostaria que funcionassem para os leitores, como funcionam para mim, são curtas‐metragens dentro de um livro, tudo ali surgiu do acaso. Este segundo livro, como diz o nom é um legado, é não só “filho” do primeiro, mas é dirigido á parte familiar do motociclismo, que para espanto de muitos, também existe. O lançamento do ”#13TREZEII ‐ O legado dos lobos maus” está ainda um pouco dependente de atrasos provocados pelo confinamento Covid19, aliás devido a esse mesmo confinamento não consegui fotografar todas as pessoas que tinha em mente devido á proibição de circulação entre concelhos, mas os projeto teve de avançar.
O que é o RockNRideOnPortugal? e como está ligado ao “TREZE”?
O RockNRideOnPortugal é um projeto dirigido apenas para a fotografia de eventos biker, motociclista ou de carácter relacionado com motociclismo. Tem um formato muito especifico no que respeita a eventos visitados.
Porque motards e os seus modos de vida?
É um mundo com bastantes mais regras e valores do que se possa pensar. A ideia geral que possa passar para o público geral é muito diferente da realidade e talvez daí algumas pessoas sejam supreendidas com o facto de que não é um meio onde se está “à vontadinha” como diz a expressão, é um mundo onde o respeito é ganho não é dado.
Que representa para ti tudo isto e todo este percurso?
É uma estrada, surgiu por acaso como disse anteriormente, mas é uma viagem que quero continuar a fazer, assim mo permitam e assim eu o consiga. Representa acima de tudo a minha liberdade, que acaba por encaixar na perfeição com o que representa o mundo motociclista.