O dia de hoje começou cedo, em particular para os que vieram de mais longe. Imagino até que, quem veio, por exemplo, do Porto ou de Bragança já tenha feito parte do trajeto ontem. Os que percorrem a mais ontem e hoje… poupam no final, quando já estão perto de casa!
No meu caso, com saída de próximo da capital, não é assim tão distante, mas como o tempo é curto não há como contornar a A2 onde, nitidamente, a Leoncino 500 não se sente à vontade (nem eu), sobretudo por causa da escassa proteção aerodinâmica proporcionada pelo pequeno ecrã. Além disso, o reduzido depósito, mesmo cumprindo mais ou menos os limites legais, obriga a reabastecimento pelo caminho.
Ainda antes do Passeio de Abertura os participantes fazem as habituais verificações técnicas e documentais, além de aproveitarem para rever os amigos e acertar detalhes de última hora, incluindo a análise sumária do road-book que nos vai acompanhar nos próximos dias. Continua a ter uma magia diferente do GPS, além de ser muito menos efémero, a ponto de haver quem os guarde religiosamente das várias edições em que participou. É um souvenir que fica para a posterioridade e permite recordar com todos os detalhes!
A cidade de Faro foi (re)descoberta, sobretudo ao nível do seu casco histórico e ainda houve tempo para uma visita à Serra e à praia, como que a servir de aperitivo para o que aí vem. Para os próximos dias, praias no interior só mesmo as fluviais, mas serras vão ser muitas e ainda bem! Tenho que “arredondar” os pneus à moto e ver o que vale!
Tudo somado, foram uns 50 km, a adicionar aos muitos que a maior parte dos participantes já fez para aqui chegar, incluindo aos que vieram de além-fronteiras. No meu caso pessoal foram cerca de 300 km e que jeito dá a Via Verde, fora o desconto de 30%, nem sei como há motociclistas que não usam e é tão fácil de transferir o identificador de uma moto para outra…
A verdade é que já deu para ficar com algumas impressões da “pequena” Benelli Leoncino 500, versão Trail. Destaco pela positiva o conforto, a estética scrambler, a boa posição de condução, os consumos aceitáveis, a facilidade de condução, a capacidade de carga e os pneus Metzeler Tourance. Além disso, a relação entre o que custa e oferece (ainda) é simpática.
Não tão positiva é a escassa proteção aerodinâmica (mitigada pelo defletor dianteiro que faz parte do catálogo de acessórios da marca), a “mordacidade” dos travões que podia ser superior (espero que melhore com o uso) e o depósito que podia ser um pouco maior, mais 2 ou 3 litros davam muito jeito! Também é estranho não ter qualquer espaço de arrumação debaixo de selim. Já agora, uma tomada USB faz muita falta e devia fazer parte da moto logo de série! Imagino que a power bank venha a ser útil!
É ótimo estar aqui e sinto que os cuidados adicionais na prevenção de um eventual contágio com a Covid-19 durante esta semana deram os seus frutos! Como muitos de vós, imaginei várias vezes a situação, perfeitamente possível, de ficar contagiado e assim não poder participar no LaL.
Agora é fundamental ir descansar, publicar esta crónica e um pequeno vídeo porque amanhã vai ser um dia longo. A Etapa 1 terá quase 500 km e muitos motivos de interesse! Importa resistir à tentação de começar a fazer “serão” logo na primeira noite!
Quando andamos de motos mais descansados e frescos, o risco de acidente é menor e desfrutamos mais e com superiores níveis de segurança!
Além disso, ainda antes de pegar de manhã na moto, é crucial fazer uma verificação global: níveis de fluídos, estado da corrente, pneus, acondicionar a bagagem…
Até amanhã